Por G1 PI


O professor de física denunciado por assédio sexual em uma escola particular de Teresina foi demitido após cinco estudantes procurarem a polícia para relatar o caso. As alunas com idades entre 14 e 15 anos e seus responsáveis procuraram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde registraram boletim de ocorrência e prestaram depoimento na terça-feira (16).

A instituição de ensino, por meio de sua assessoria de imprensa, informou ao G1 que a direção da escola achou melhor reincidir contrato com o profissional até que a investigação seja concluída. O colégio disponibilizou o setor jurídico da empresa aos pais das alunas para acompanhar o caso e ainda profissionais do setor psicológico para atender as alunas.

“Lamentamos toda essa situação e estamos dispostos a colaborar com a investigação da polícia. O colégio possui circuito interno de segurança e vai entregar para a polícia as imagens da escola”, informou ainda a assessoria.

O G1 tentou localizar o professor para ser ouvido, no entanto, amigos do docente informaram que ele não quer falar com imprensa.

O caso

Segundo a advogada Larissa Martins, foi somente após uma das vítimas procurar a direção da escola, que as outras quatro resolveram também denunciar. "Eu fui procurada pelo pai de uma das meninas para acompanhar todo o processo. Quando cheguei à escola, fui informada de que o assédio contra a minha cliente já havia acontecido dias antes, mas que só agora ela teve coragem de informar a escola e aos pais porque uma outra vítima fez a denúncia hoje", contou.

Em conversa com o G1, a vítima que denunciou o professor e incentivou as outras alunas a também denunciar, contou que o suspeito demonstra ser duas pessoas diferentes. "Ele dentro de sala de aula é sério, dá o assunto e depois vai embora, mas quando está fora, torna-se uma pessoa totalmente diferente. Fica olhando, mandando beijos, passa próximo da gente propositalmente de forma a conseguir tocar nas nossas partes íntimas. Já tinha visto ele fazer isso com outra menina, mas quando ele fez isso comigo, eu não consegui ficar calada", disse.

A mãe da primeira denunciante, que preferiu não se identificar, disse que se sentiu arrasada quando recebeu a ligação da escola. O caso segue em investigação na DPCA e a delegada responsável pela especilizada, Luana Alves, ainda irá intimar o professor para depor.

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