Por CEPRA


— Foto: CEPRA/Divulgação

Segundo os dados apresentados pelo Ministério da Saúde e pela Universidade de Stanford em 2023, o mundo possui atualmente entre 10% e 20% de sua população formada por neurodivergentes, ou seja, pessoas que possuem um desenvolvimento ou funcionamento neurológico diferente do padrão esperado pela sociedade em geral.

No Brasil, esse número representa aproximadamente 2 milhões de pessoas.

Esses dados expressam a urgente necessidade que o mundo tem de se adaptar às novas demandas de compreensão, construção e relacionamento com o que podemos chamar de "novo normal" - um conceito amplamente empregado na atualidade.

As necessidades personalizadas das pessoas têm se tornado o principal critério que tem impulsionado não apenas o mundo dos negócios e das relações sociais, mas agora também o ambiente escolar.

Estando à frente na educação inclusiva, a CEPRA oferece um ambiente acolhedor e adaptado para todos — Foto: CEPRA/Divulgação

Há tempos, as escolas têm lidado com diferentes abordagens de ensino, pois entendem que cada geração de crianças que chega às suas salas de aula aprende de maneira diferente.

A grande questão é que essas diferenças, juntamente com o avanço de novos estudos e diagnósticos técnicos relacionados a síndromes e transtornos, têm exigido das instituições de ensino uma resposta mais ágil diante das diversas necessidades que as crianças trazem neste período pós-pandêmico.

Cursos de pós-graduação se multiplicaram para formar profissionais capacitados em atender ao público denominado "inclusão".

A Lei de Inclusão nº 13.146, de 6 de julho de 2015, é considerada um marco no avanço, embora tardio, desse movimento que busca olhar para a sociedade não mais com igualdade, mas com equidade.

Após oito anos da aprovação da lei, as escolas ainda enfrentam grandes dificuldades para atualizar seus projetos pedagógicos e atender às crianças de acordo com suas necessidades.

Algumas escolas, nesse contexto, se destacam com sucesso na criação de projetos de inclusão, como é o caso do CEPRA – Centro Educacional Professor Reinaldo Anderlini, localizado no município de Botucatu, interior de São Paulo. Com mais de 500 alunos, o colégio atende crianças desde os 2 anos de idade até o pré-vestibular.

Com uma experiência de 40 anos no município e um conceito pedagógico considerado humanista, o CEPRA, filiado à UNESCO, realiza diversos projetos focados no desenvolvimento humano. Por esse motivo, têm acolhido crianças com necessidades de aprendizagem mais específicas, os chamados alunos de inclusão.

O colégio relata que o desenvolvimento do projeto levou anos até alcançar o formato praticado atualmente. No início, apenas aceitavam as crianças de inclusão, e todo o trabalho se resumia ao acolhimento e ao relacionamento social.

Com o tempo, outras exigências e necessidades obrigaram a escola a olhar de forma mais profunda e objetiva para a questão, entendendo que essas crianças precisam aprender à sua maneira, no seu contexto e no seu próprio tempo.

Foi dessa forma que estruturaram o projeto de inclusão, que hoje é chamado de ECOSSISTEMA HUMANITAS - um conjunto de ações pedagógicas voltadas exclusivamente para assistir os alunos de inclusão.

Projeto de inclusão da Escola Humanitas está mudando a vida de alunos e famílias — Foto: CEPRA/Divulgação

Atualmente, a escola atende mais de 70 crianças, todas com laudos técnicos que identificam necessidades muito específicas. O diferencial do projeto é um currículo flexível em consonância com o currículo estabelecido pelo seu projeto pedagógico.

O projeto funciona da seguinte maneira: quando os pais procuram a escola para matricular seus filhos, a primeira etapa é uma reunião de anamnese, cujo objetivo é obter um conhecimento profundo tanto do aspecto pedagógico quanto do emocional da criança que irá ingressar na escola.

Além dos laudos médicos, a escola mantém constantemente reuniões com uma equipe multifuncional (psicólogos, psicopedagogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais) para trocar informações e construir estratégias de aprendizagem.

Projeto Humanitas promove educação personalizada para crianças com necessidades específicas — Foto: CEPRA/Divulgação

Outra importante ação desenvolvida pelo Cepra, escola reconhecida pela tradição em educação, é a construção do PEI – Plano de Ensino Individual, feito a partir do plano de ensino regular do professor, adaptado às necessidades daqueles alunos. A escola também faz a adaptação do material didático para cada componente curricular, de acordo com a necessidade que o aluno de inclusão apresenta.

Além do material didático, as ações em salas de aula e avaliações são adaptados de acordo com o plano de trabalho. Independente do seu grau de dificuldade, pois, assim, constrói-se o sentimento de pertencimento à escola e à turma.

Outra prerrogativa desse projeto é que todos os alunos de inclusão participam dos trabalhos em grupo na sala de aula. Para os alunos de inclusão que necessitam de complemento pedagógico ou reforço para melhorar suas habilidades ou desenvolver seu hiperfoco, o colégio oferece apoio psicopedagógico exclusivo na Sala Arco-Íris, um espaço reservado para essa finalidade.

Nessa sala, eles participam de atividades de alfabetização, complemento pedagógico e projetos voltados à educação financeira, autonomia e sociedade.

Outro trabalho desenvolvido pelo projeto são os cursos de informática voltados exclusivamente para esses alunos, entre os quais há aqueles que demonstram um hiperfoco em habilidades de tecnologia da informação - a maioria dos quais são alunos autistas.

A família é uma presença constante no colégio, com o objetivo de avaliar e acompanhar o desenvolvimento das estratégias aplicadas.

Além disso, todos os profissionais da escola (professores e tutores) recebem formação específica sobre cada laudo de cada aluno, aprendendo como fazer as adaptações curriculares, avaliações e atendimento em sala de aula. Por esse motivo, o projeto recebeu o nome de ECOSSISTEMA HUMANITAS.

Saiba mais

Acesse o site www.ceprabotucatu.com
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