Em um bilhete enviado aos pais, a direção afirma que o prédio está em bom estado, mas tem problemas de goteiras e sugere que, se chover, podem retirar os filhos da escola.

"Até que tudo seja resolvido, quando houver indícios de fortes chuvas, fica autorizada a retirada antecipada da criança pelos pais, pois temos problemas de goteiras na sala. Reduzindo o número de alunos, fica mais fácil de acolhê-los em outras salas", informa o bilhete.

No mesmo bilhete, a escola informa que o telhado deve ser reformado e o prefeito prometeu acelerar o trabalho. Em nota ao G1, a Prefeitura de Jundiaí informou que houve infiltração no telhado por conta da forte chuva do dia 20 de março.

A administração municipal afirma ainda que "embora exista a necessidade de reparos na edificação, por se tratar de um prédio antigo, não há riscos visíveis para ocorrência de desabamento". Pais e representantes do conselho da escola devem se reunir, segundo a prefeitura, para discutirem o assunto.

"Uma parte do telhado está toda comprometida. Um tempo atrás, parte dele caiu, a sorte é que isso aconteceu em um fim de semana," afirma Rogério Cauduro, condutor escolar, que tem um filho de 6 anos estudando na escola.

Em entrevista ao G1, Rogério afirma que, quando chove, as salas enchem de água e os alunos precisam ir para outros espaços da escola.

"Já não mando meu filho para a escola há alguns dias. Estou com medo de mandar e acontecer alguma coisa na estrutura", afirma.

Eliane Scandolera, mãe de uma aluno de 6 anos, contou ao G1 que a escola tem diversas rachaduras. "No banheiro feminino tem uma rachadura enorme que dá até para passar uma criança. Uma das salas em que meu filho tem aula, também tem rachaduras", diz.

Fotos tiradas pelos pais mostram que as paredes estão emboloradas e, por conta de uma chuva forte, parte do muro de arrimo caiu. Outro flagrante feito dentro da unidade são goteiras que se estendem por todo corredor. (Veja o vídeo abaixo)

Rogério afirma que diversas reclamações foram feitas à prefeitura, porém "até agora tudo que recebemos foi um bilhete contraditório da escola”, diz.

"Como a estrutura está boa se precisa arrumar o telhado, se a escola está cheia de goteiras e o muro caiu?", questiona Rogério.

Eliane afirma que este é o primeiro ano do filho na escola e que, desde a primeira visita, a impressão não foi boa. "Não gostei da estrutura e agora todos esses acontecimentos estão me fazendo buscar desesperadamente por vaga em outra escola", relata.

"Que mãe deixaria seu filho e ficaria tranquila com uma escola nesse estado? Os alunos acabam sendo prejudicados, pois perdem conteúdo", diz Eliane.

Uma pessoa que se diz ex-funcionária da escola postou em uma rede social que trabalhou por três anos na unidade e os pedidos de reforma são diários, mas afirma que "enquanto não machucar ninguém, nada será feito".