04/05/2018

Escola aposta em conhecimento integrado e aumenta índice de aprovação nos vestibulares

A rotina dos alunos do Centro de Ensino Médio 1 de Brazlândia, no Distrito Federal, é uma verdadeira maratona do conhecimento. São aulas regulares, plantões de dúvidas, oficinas de redação e dedicação integral dos participantes. Toda a comunidade escolar está em torno de um objetivo comum: o acesso à educação superior. A realidade dessa instituição é o tema de Educação no Ar, programa produzido pela TV MEC e exibido às 9h50 pela NBR.

Para além do conteúdo regular, o Centro de Ensino Médio 1 investe na autoestima dos estudantes. Com esse empenho e os diferenciais, a escola, que é da rede pública, tem contabilizado muitas aprovações na Universidade de Brasília (UnB) – só no início deste ano, foram 60.

“Muitos alunos vinham conversar comigo, traziam situações, e eu ia respondendo a um por um”, conta o professor Diego Martins. “Eu costumava sempre deixar meu período da tarde, horário de coordenação, para atender aos alunos. Alguns faziam cursinho e vinham aqui perguntar. Então, é sempre trazendo, e sempre incentivando. ”

Assim como Diego, os demais professores estão sempre se atualizando para oferecer a melhor formação aos jovens. Com isso, a qualidade do ensino se aprimora. “Eu falo com toda a propriedade: a aula que dou para esses meninos aqui vai ser a mesma seu for lecionar num cursinho ou numa escola particular, pois que eles merecem”, afirma a professora Waleska Carvalho.

Projetos – O diretor da escola, Vinícius Ribeiro, explica que os bons resultados se devem a vários projetos implantados ao mesmo tempo. Os alunos têm aulas semanais de matemática, química, física e biologia e, a cada 15 dias, os professores frequentam aulas experimentais. Também foi implantado o sistema de cadernos por áreas: humanas, exatas e códigos.

“Quando fazemos esses cadernos, selecionamos as questões similares a provas de vestibulares e ao Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, conta Vinícius. “Durante os três anos, o aluno entra no ritmo. Quando vai fazer a prova [do vestibular], já tem certa experiência”.

O diretor reforça que a escola sempre alcançou bons índices de aprovação em vestibulares, situação que melhorou com instituição de cotas para estudantes de escola pública. Em 2016, foram aprovados 15 alunos em primeira chamada, em um total de 24 ao longo do ano. Em 2017, 23 alunos em primeira chamada e 60, no total, conquistaram uma vaga na universidade.

“Se tem algum tempo ocioso, a gente está sempre tentando implantar um novo projeto para tentar melhorar a cada vez, porque, além de aprovar no vestibular, a escola tem função social”, ressalta Vinícius. “A gente vai ensinar para o aluno o que é cidadania. É preciso mostrar o dia a dia da sociedade para o aluno.”

O perfil dos estudantes é bastante diversificado, variando de filhos de comerciantes a servidores públicos e produtores rurais familiares, já que a cidade tem grande parte localizada em área rural. Muitos deles não conseguiam sequer se imaginar no universo do ensino superior, como relata Lamara Gabriela, aprovada em agronomia: “Eu praticamente vivia aqui dentro, vivia na escola. Eu tinha duas casas, a minha e a escola. Foi uma luta que eu achei que não ia conseguir vencer, porque a gente nunca acha que vai passar na UnB. ”

Assim como Lamara, vários outros estudantes se dedicaram à causa e, com o reforço dos professores, venceram essa limitação. Nada disso seria possível, garante o diretor, sem o apoio da comunidade escolar. “Todo mundo gosta muito da escola e luta por ela”, conclui. O que não falta, enfim, é interação entre estudantes e professores. E isso faz a diferença.

Confira aqui mais horários para assistir ao programa Educação no Ar.

Assessoria de Comunicação Social - MEC (03.05.2018)

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×