Enem 2021

Por G1


Enem será aplicado em novembro — Foto: getty images

Entidades estudantis e partidos políticos entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), para que seja reaberto o processo de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 a candidatos que reivindicam a isenção da taxa.

Pelas regras do exame, ex-alunos da rede pública e pessoas em vulnerabilidade social têm direito a não pagar os R$ 85 para fazer a prova. Aqueles que, na edição anterior do Enem, estavam isentos, mas não compareceram aos locais de prova só poderiam obter novamente a gratuidade se explicassem por que se ausentaram.

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Apenas motivos previstos no edital foram aceitos, como acidente de trânsito no dia da avaliação, emergência médica, assaltos e morte na família, por exemplo (com os devidos documentos anexados, como atestados ou boletins de ocorrência).

Quem não fez a prova por medo da pandemia ou porque estava com sintomas de Covid-19 (sem atestado médico) perdeu o direito ao benefício da isenção em 2021.

Segundo entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Educafro, o edital do Enem foi "discriminatório", porque inviabilizou a inscrição justamente dos alunos mais pobres, dificultando o acesso deles ao ensino superior.

A edição teve o menor número de inscritos desde 2005. E, no exame de 2020 (aplicado em janeiro deste ano), registrou recorde nas taxas de abstenção.

Possibilidade de apresentar 'autodeclaração'

A ação, com apoio de partidos políticos (Cidadania, PC do B, PDT, PSB, PSOL, PSTU, PT, PV e Rede), pede que os candidatos possam novamente apresentar justificativa para a ausência no Enem 2020, mas, desta vez, com "autodeclaração".

Eles poderiam argumentar que não quiseram se expor a aglomerações, por exemplo, ou que entraram em contato com algum caso suspeito de Covid-19 (e, portanto, não teriam um documento comprobatório).

A Defensoria Pública da União (DPU) também chegou a apresentar uma ação pedindo a mudança nas regras de isenção, mas a Justiça Federal de São Paulo manteve o edital em sua versão original.

O G1 entrou em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia que administra o Enem, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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