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Entenda como o Enem vai avaliar a sua prova

Utilizada na correção do exame, a TRI dá peso maior para questões difíceis e busca coerência nas respostas dos candidatos
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Ao dar a nota, a TRI considera porcetagem de alunos que acertaram as questões mais difíceis Foto: Fotolia
Ao dar a nota, a TRI considera porcetagem de alunos que acertaram as questões mais difíceis Foto: Fotolia

Por quê duas pessoas podem acertar o mesmo número de questões no Enem e terem resultados diferentes? A resposta está na TRI (Teoria de Resposta ao Item), método que o Inep, órgão que organiza a prova, usa para corrigir a avaliação. Por essa metodologia, a nota não é calculada levando-se em conta apenas o número de alternativas corretas, mas também a coerência das respostas do candidato diante da série de perguntas.

Assim, o conhecimento do participante se expressa por meio do conjunto de itens pertencentes a uma escala de competência. Essa aptidão é verificada a partir da análise do perfil das respostas do participante.

Diego Viug, coordenador do curso ProEnem, vê o modelo de avaliação do exame como justo, ao considerar critérios menos óbvios:

– Em uma prova de múltipla escolha é complicado determinar se o candidato sabe ou não o conteúdo, já que ele pode acertar a questão com um ‘chute’. Por exemplo, um candidato acerta as dez questões mais fáceis, enquanto o outro acerta as dez mais difíceis. Qual deles deve receber a maior nota? O que cravou as mais difíceis deve ter o melhor resultado, já que a TRI impõe coerência.

Também professor de matemática, Diego diz que é importante o estudante ler o edital para entender como será avaliado pelo examinador.

– O aluno que entende o método de correção e a aplicação da prova comete menos erros na execução. O Enem não segue uma ordem crescente ou decrescente de dificuldade da questão, na verdade elas se misturam. Então, quem identificar as de mais fácil resolução e eliminá-las primeiro, além de ter chance de pontuar mais, ganha tempo para outras questões consideradas mais difíceis – explica Diego.

Ainda de acordo com o professor, se o candidato não souber responder alguma questão, não deve de jeito nenhum deixá-la em branco.

– Deixar em branco não acrescentaria nada na nota. Já respondendo, o pior que pode  acontecer  é a nota não aumentar caso ele erre a questão, ou somar poucos pontos, se esse acerto não estiver dentro da coerência dos demais.

Os candidatos nunca devem deixar respostas em branco na prova Foto: Fotolia
Os candidatos nunca devem deixar respostas em branco na prova Foto: Fotolia

Segundo Silvio Patrício Costa, professor de biologia do Canal do Enem, a dúvida mais recorrente entre os alunos é sobre o cancelamento de alguma questão e como isso afetaria o valor final da nota pela TRI. Silvio esclarece:

– O valor da questão anulada é redistribuído em uma régua quantitativa para cada um dos exercícios e de acordo com o nível de dificuldade. Deste modo, não tem como o aluno ser prejudicado.

O  professor também desfaz o mito de que o mais importante é buscar somente questões difíceis, para aumentar a nota com isso:

– O estudante deve distribuir o tempo de forma igualitária para todos os exercícios. Se ele estiver bem preparado, vai passar rápido pelas questões fáceis, sobrando mais tempo para as mais complicadas.

Com 16 anos e cursando o terceiro ano do ensino médio, Djair Jesus de Araújo considera legítimo o modo como o Enem avalia os candidatos:

– Gosto da TRI, pois com ela o aluno mostra realmente que possui o conhecimento básico necessário para uma formação acadêmica. Por isso é importante ler o edital, já que o Enem é uma prova muito complexa e pode deixar o aluno com muitas dúvidas - afirma o estudante do ProEnem, que vai fazer o exame pela primeira vez em 2017.