Por Jornal Nacional


Só uma das três etapas de educação básica avaliadas pelo governo está dentro da meta

Só uma das três etapas de educação básica avaliadas pelo governo está dentro da meta

O Ministério da Educação divulgou os resultados do Índice que mede o Desenvolvimento da Educação Básica. Das três etapas de ensino avaliadas, só uma está dentro da meta do governo.

Na pacata Carmo da Mata, em Minas, uma escola reescreveu sua história. Em dez anos deu um salto. Passou a meta do MEC no 5º ano.

“Nós não somos uma equipe, a gente é uma família”.

A média nacional para os primeiros anos ficou 0,3 ponto acima da meta. Mas o índice de reprovação e abandono é alto: de 2% no primeiro ano sobe para 15,5% no sexto ano.

Uma escola em Brasília reduziu a reprovação. O segredo foi a mudança de estratégia. Os professores concluíram que não adianta reprovar, fazer repetir o ano, sem atacar a raiz do problema. E, uma vez detectada a falha, a ajuda é pontual, para cada aluno e fora de sala de aula.

É o caso de Angel Gabriel, reprovado duas vezes no 6º ano. Nesta segunda-feira (3), teve reforço em geografia.

“Estou vendo todo mundo passar na minha frente e agora eu estou querendo evoluir e passar de ano”, diz o estudante.

Nos anos finais do ensino fundamental houve uma pequena melhora, mas ainda abaixo da meta.

Mas quem não fez o dever de casa foi o ensino médio. Nenhum estado cumpriu a meta. A nota do ensino médio subiu 0,1 ponto. Mas está quase um ponto abaixo da meta, e a taxa de reprovação no primeiro ano está em 23,6%.

“O Brasil é responsável, o Ministério é responsável, todos nós somos responsáveis. Quando a gente divulgou o resultado há dois anos, uma coisa importante foi buscar uma reação imediata, trabalhando neste novo ensino médio, trazendo a reforma de algo que está sendo discutido há muitos anos. Se o resultado não tem mudado, essa discussão permanece”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.

Priscila Cruz, presidente-executiva da ONG Todos pela Educação, diz que meta não resolve o problema.

“Não adianta para a gente poder conseguir avançar. Segundo, a gente precisa ter um plano consistente que atravessa mandatos, que é suprapartidário, que independentemente de quem estiver ali, na cadeira, no poder vai executá-lo. Essas políticas, elas vão se perdendo, porque é mal implementado, porque tem desvios e porque a educação não é prioridade dos governos”.

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