Enem: governo detalha mudanças no exame para 2024
O Ministério da Educação detalhou nesta quinta-feira (17) o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio.
As mudanças no Enem foram feitas para acompanhar o novo modelo do ensino médio, que entrou em vigor este ano e serão aplicadas a partir de 2024, ou seja, para os alunos que entraram no primeiro ano em 2022 e farão todo o ensino médio com a nova sistemática
As provas serão feitas em duas etapas, uma por dia, como é hoje, o que muda é a divisão do conteúdo.
O primeiro dia de provas será de questões obrigatórias para todos os candidatos. Serão cobradas habilidades em Matemática, Língua Portuguesa e Redação.
O segundo dia vai ser dividido em quatro blocos, cada um com uma combinação de conteúdos. O candidato vai escolher um desses blocos de acordo com o curso superior que quiser cursar.
- Primeiro bloco: Linguagens, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
- Segundo bloco: Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Terceiro bloco: Matemática, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
- Quarto bloco: Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
O conhecimento em inglês deve ser testado em diferentes momentos da prova, como no enunciado de uma questão de Ciências, por exemplo.
Outra novidade é que pelo menos 25% da pontuação da prova será para questões discursivas, ou seja, além da redação, os estudantes terão que escrever respostas por extenso ou resolver problemas matemáticos. Atualmente, fora a redação, a prova é toda de múltipla escolha.
Outra mudança no Enem a partir de 2024 é uma pontuação extra para alunos que tiverem feito curso técnico profissionalizante durante o ensino médio. Segundo o Ministério da Educação, a nota final no Enem vai ser aumentada se esse curso técnico tiver relação direta com o curso de nível superior escolhido. Cada universidade vai poder definir o peso do curso profissionalizante no momento da matrícula.
As alterações no Enem foram aprovadas no começo da semana pelo Conselho Nacional de Educação, formado por representantes do ministério e da sociedade civil.
Nesta quinta-feira, o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, explicou que, como o aluno vai escolher uma área de preferência desde o início do ensino médio, o Enem teve que se adequar.
“A gente sabe que a avaliação é um processo. Então o estudante que desde cedo na escola aproveita todas as oportunidades que o ambiente escolar apresenta, a chance de sucesso dele numa avaliação ao final do processo é maior”, disse.