"É preciso deixar bem claro que o 7 de Setembro foi uma data escolhida, pois outros dias também tiveram relevância, como o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822), a Aclamação de Dom Pedro I (12 de outubro) e até mesmo a sua coroação, no Rio de Janeiro, no dia 1o de dezembro do mesmo ano", examina.
Dica para estudar...
Morais enfatiza que o assunto pode ser estudado de muitas formas.
"Sugiro a procura de um recente livro (em blogs, em pdf, trechos do livro espalhados pela internet ou ainda vídeos no YouTube), chamado "O Sequestro da Independência", de Lilia Schwarcz, Carlos Lima Júnior e Lúcia Klück Stumpf", aconselhou.
Como o tema pode ser abordado no Enem e nos vestibulares?
De acordo com o educador, o Enem e os vestibulares podem tratar o tema de diversas formas. Explica que o enfoque mais tradicional é perguntar os motivos que levaram à independência, tais como a abertura dos portos (1808), os acordos com a elite agrária brasileira e até mesmo a Revolução Liberal do Porto (1820).
"No entanto, outras maneiras podem aparecer para se abordar, de maneira reflexiva, a própria Independência: o envolvimento diplomático da Imperatriz Maria Leopoldina, da casa austríaca Habsburgo; a criação de uma memória romântica sobre Dom Pedro I e a respeito do dia 7 de setembro; a participação de mulheres, como Maria Quitéria, nas tropas independentistas e, sobretudo, as comemorações do Centenário da Independência (1922), ocorridas no governo Epitácio Pessoa (1919-1922) e os usos políticos do Bicentenário (200 anos) da Independência em ano de eleições presidenciais no Brasil (2022)", comentou.