Por Etapa

Com mais de 6 milhões de inscritos nesta edição, não há dúvidas de que o Enem é hoje o principal vestibular do país. É a porta de acesso ao Ensino Superior, incluindo todas as universidades federais e algumas estaduais, além das faculdades privadas que usam o exame nos seus processos de seleção.

Para se ter uma ideia, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), processo por meio do qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem, teve cerca de 230 mil vagas em janeiro de 2017 e aproximadamente 2,5 milhões de candidatos. Na edição do meio do ano, em julho, foram 887 mil candidatos para 52 mil vagas.

“É a principal prova do país e isso é tão evidente que não dá para ter questionamentos. O importante é o estudante saber usar isso a seu favor, aproveitar todas as oportunidades”, ressalta o coordenador geral do Grupo Etapa, Edmilson Motta.

Uma prova, muitas vagas

Até pouco tempo, o Enem tinha apenas o objetivo de avaliar o desempenho dos alunos do Ensino Médio e, com isso, aprimorar a educação no país. Em sua primeira edição, em 1998, teve pouco mais de 150 mil inscritos. A partir de 2005, com a vinculação do exame à concessão de bolsas pelo ProUni, cresceu a importância da prova, que teve 2,2 milhões de inscritos naquele ano.

Desde então, as principais instituições do país passaram a adotar a prova em seus vestibulares. Segundo o Ministério da Educação, 500 universidades no país já usam o resultado do exame como critério de seleção. A principal vantagem para os estudantes que participam do Enem é de, com uma única prova (dividida em dois dias), ter a facilidade de concorrer em inúmeras vagas nas mais diversas instituições de ensino. Isso aumenta as chances de entrar em uma universidade pública e nos melhores cursos do país.

“Um aluno de São Paulo, por exemplo, pode concorrer a uma vaga da Universidade Federal de Minas Gerais. Há menos de uma década atrás, isso era impossível, inclusive porque o candidato nem conseguiria prestar o vestibular por questões de datas. Agora, ele faz o Enem e tem a oportunidade de concorrer a vagas de todas as federais”, observa Motta.

Essa chance de buscar as melhores oportunidades fica evidente principalmente nos cursos mais disputados, como Medicina, em que pelo menos metade dos aprovados migra de Estado.

Oportunidades também no Exterior

Além das vagas nas principais universidades do país, como a UFRJ, a UFRGS, a UnB e a UFC, o Enem também serve como forma de ingresso em algumas instituições do exterior. Em Portugal, as universidades de Coimbra, do Porto e de Lisboa, entre outras, aceitam a nota obtida no exame em seus processos seletivos. No Canadá, o Enem é aceito como certificação acadêmica do aluno em instituições como, por exemplo, a UBC (The University of British Columbia), juntamente com outros documentos.

“Portugal é onde os alunos têm aproveitado mais a nota do Enem, porque exige apenas a nota do exame. Os candidatos só têm de ficar atentos quando abrem as inscrições para as universidades portuguesas, geralmente no início de janeiro”, recomenda Motta.

Etapa
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