Letícia Dantas, de 17 anos, quer cursar medicina — Foto: Nathallya Macedo
Em 2013, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a ser o único meio de ingresso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), substituindo completamente o vestibular. Desde então, muitos adolescentes e jovens adultos passam os dias se preparando para as provas.
A organização do tempo de estudo, a escolha do curso da universidade, além de outras questões pessoais podem trazer ansiedade aos candidatos, que acabam deixando o nervosismo tomar conta. Para a psicóloga Alexandra Cavalcante, do Colégio Ciências Aplicadas, a preocupação é normal antes de um exame tão importante. “Mas é necessário que os estudantes aprendam a lidar e a controlar a aflição. O excesso de estresse nunca é recomendado”, diz.
No entanto, o Enem não é um bicho de sete cabeças, como acredita a aluna Letícia Dantas, de 17 anos, que pretende cursar medicina. “Estou no terceiro ano e tento driblar a ansiedade nessa reta final. Me preparei durante todo o ensino médio, estudei bastante e tive o apoio da equipe pedagógica do colégio. Também já fiz o Enem antes, para me acostumar com o estilo da prova”, conta.
O Ciências Aplicadas promove, no início de cada ano, uma sessão de acolhimento em que os alunos escrevem cartas que só serão abertas pouco antes do Enem, em uma nova sessão, dessa vez de encerramento. “É como se fosse uma cápsula do tempo. No início, muitos acreditam que não conseguirão aprender todo o conteúdo. Já no fim do ciclo, os alunos conseguem perceber que o nível de nervosismo foi controlado com o passar do tempo e com o foco nos estudos”, explica Alexandra.
Além das conversas em grupo e do atendimento individual, a psicóloga é responsável por uma oficina de técnicas de relaxamento. Por exemplo, aprender a controlar a respiração é essencial para o alívio da ansiedade. Por fim, Alexandra ensina aos alunos que o Enem é só mais uma etapa da vida, que é importante estar confiante e preparado para todos os possíveis resultados.
Para a psicóloga Alexandra Cavalcante, do Colégio Ciências Aplicadas, a preocupação é normal antes de um exame tão importante — Foto: Nathallya Macedo