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Enem: MPF move ação para que candidatos possam recorrer da nota da prova

Pontuação está prevista para ser divulgada no dia 18 de janeiro
Provas do Enem na Universidade Uninove, em São Paulo Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo/11-11-2018
Provas do Enem na Universidade Uninove, em São Paulo Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo/11-11-2018

RIO - O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) moveu uma ação para que os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possam ter vista do cartão-resposta que preencheram nas provas objetivas e da redação e também tenham o direito de recorrer da nota, que só deverá ser divulgada no dia 18 de janeiro.

Pelo atual edital do exame, esses direitos não são assegurados.

A ação civil pública movida contra o Inep, autarquia que organiza a prova, prevê pena de multa diária de R$ 10 mil e requer que o órgão abra o prazo de cinco dias úteis, após a divulgação do resultado, para que os estudantes possam recorrer de suas notas na prova objetiva.

Já na prova de redação, o MPF pede que o prazo seja de dez dias para que os espelhos (versão digital da redação feita pelo candidato) sejam disponibilizados. Atualmente, esse recurso é disponível meses depois, e para fins pedagógicos. Com o prazo reduzido, o espelho poderia ser utilizado para um possível recurso que, segundo o pedido do ministério, teria que ser feito em um outro prazo de dez dias.

O procurador Fábio Moraes de Aragão, que assinou a ação, ainda pede que o edital de 2019 inclua a vista do cartão de respostas das provas objetivas e da redação e a possibilidade de recorrer da nota atribuída. Em nota, o órgão afirma que:

"É ilícita a ausência de previsão no edital do ENEM 2018 de meio de contestação às questões e ao gabarito oficial das provas objetivas e à nota da redação, bem como a falta de vista do cartão de resposta do candidato, violando o direito constitucional de defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder".