14/06/2017

Encontro debate educação na região do semiárido brasileiro

Experiências bem-sucedidas na área da educação na região do semiárido brasileiro foram apresentadas durante o Encontro semiárido e educação: ontem, hoje e perspectivas, ocorrido nos dias 12 e 13, em Juazeiro (BA). O evento foi promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e pela Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), com o objetivo de elaborar uma proposta de educação contextualizada para a região.

Entre as experiências exitosas apresentadas durante o evento estão um projeto de cisterna nas escolas e outro de acesso a água própria para consumo humano e sua reutilização nas escolas do semiárido. Ao final do encontro, foi apresentada uma carta compromisso, com propostas de implementação de novas políticas públicas. O material foi redigido por educadores, pesquisadores e especialistas presentes no evento e remetido ao Ministério da Educação.

“Conseguimos reunir uma quantidade expressiva de experiências exitosas e uma diversidade de instituições que estão lidando com esta temática e vivenciando as questões locais”, afirmou a pesquisadora da Fundaj e coordenadora do seminário, Janirza Cavalcanti. Segundo ela, as características climáticas da região, de baixa umidade e falta de chuvas, não devem ser vistas como um obstáculo, mas sim como um “rico universo” a ser explorado. “A ideia que se tem é que o semiárido é inviável, apenas ligado a questões climáticas. Mas o semiárido é um campo de possibilidades; a cultura é muito rica e há outras coisas. O clima é para se conviver, não para se combater”.

De acordo com dados da Fundaj, o semiárido tem população de cerca de 2 milhões de pessoas, sendo 40% delas estudantes menores de 17 anos que não contam com material didático específico que retrate a realidade da região. Por isso, entre as sugestões apresentadas no encontro, estão a inclusão de literatura local no currículo das escolas, o uso de metodologias específicas e a formação e capacitação de professores.

O encontro é resultado de cinco reuniões técnicas e 13 meses de trabalho, com a participação de educadores, pesquisadores, estudantes, organizações não governamentais e secretarias municipais e estaduais de educação.

Assessoria de Comunicação Social - MEC (13.06.2017)

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