Por G1 MG


Professores de Umeis fazem nova manifestação em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo

Professores das Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) fizeram uma manifestação, neste domingo (6), em frente à Prefeitura de Belo Horizonte. A categoria está em greve desde o último dia 23 e, na semana passada, rejeitou a proposta do Executivo municipal de aumento de cerca de 20%.

O protesto foi feito ao mesmo tempo em que a Avenida Afonso Pena estava fechada por causa da Feira Hippie.

“Como é um espaço que passam milhares de pessoas de Belo Horizonte, de outros estados e até de outros países, a ideia era divulgar a greve, mostrar as reivindicações e também mostrar que a proposta da prefeitura não atende a pauta das professoras da educação infantil”, afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede-BH), Wanderson Rocha.

Entre as principais reivindicações, está a equiparação da carreira com a de professores do ensino fundamental. Para o sindicato, a carreira da educação infantil foi criada de forma precarizada.

“Das poucas promessas que Alexandre Kalil (PHS) fez, prometeu apresentar uma proposta para equiparar carreira, além de ser uma dívida social da cidade”, acrescenta.

A prefeitura informou que a reivindicação dos professores acarretaria um aumento de 55% no salário e impacto de R$ 80 milhões por ano aos cofres públicos.

O Executivo municipal afirmou ainda que, na proposta apresentada, havia assumido o compromisso em retomar imediatamente a tramitação, na Câmara Municipal, do projeto de lei nº 442, com incorporação de ganhos aos vencimentos básicos. Disse também que a proposta estava condicionada ao retorno imediato das aulas e que novas negociações podem ser agendadas após o retorno das aulas.

Segundo Rocha, o ato deste domingo ainda foi contra a ação policial que dispersou a manifestação de professores no primeiro dia de greve, também na Avenida Afonso Pena. Jato d’água, bombas e spray de pimenta foram usados pela Polícia Militar (PM). Dois diretores, entre eles Rocha, foram detidos na ocasião.

No dia, por meio de nota, a PM disse que tentou negociar com os manifestantes por mais de uma hora e meia para que a avenida fosse liberada. De acordo com a corporação, como não houve desbloqueio da via, a polícia “fez o uso diferenciado da força com instrumentos de menor potencial ofensivo, que promoveram a dispersão daqueles que interrompiam o trânsito”.

De acordo com o diretor do Sind-Rede-BH, neste domingo, a manifestação reuniu cerca de 500 pessoas. A PM não divulga números de protestos.

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