Por G1 Ribeirão e Franca


Professores aderem a greve em escolas estaduais de Franca, SP

Professores aderem a greve em escolas estaduais de Franca, SP

Os professores de Franca (SP) que aderiram à greve nas escolas estaduais afirmam que também sofrem com falta de material nas unidades de ensino. De acordo com um dos profissionais, até mesmo giz está em falta em algumas salas de aula.

Os docentes reivindicam reajuste salarial de 22,03%, a reabertura das salas fechadas e se coloca contrária à reforma da Previdência, exigindo a retirada da PEC 287/2016 do Congresso. Alunos de ao menos 30 escolas estaduais nas regiões de Ribeirão Preto (SP), Franca (SP) e Barretos (SP) estão com aulas prejudicadas devido à paralisação.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação destaca que não há colégios fechados ou com atividades paralisadas e que mantém uma mesa de negociação aberta com os sindicatos, "com interlocução direta do secretário José Renato Nalini."

"São situações de faltar o básico. Básico eu digo como papel higiênico para a criança ir ao banheiro, detergente na cozinha, material de desinfetar, e outras coisas, outros materiais até mesmo como giz", afirma o professor Carlos Eduardo Rogério.

Professores de Franca aderiram à greve e paralisaram os trabalhos — Foto: Reprodução / EPTV

O coordenador do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Franca, Edivaldo Máximo, diz que a paralisação deverá continuar até o dia 31 deste mês. Ele afirma ainda que os salários dos professores estão defasados há três anos e sem previsão de reajuste.

"Para conseguir ter um salário minimamente digno hoje o professor precisa dar 50 ou 60 aulas por semana o que é inviável porque a qualidade naturalmente cai, finaliza o professor Caio Raiz.

Negociação aberta

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informa que mantém aberta a negociação com os sindicatos dos professores e que, se houver conteúdo perdido devido à greve, as aulas serão repostas. A pasta destaca que as faltas não justificadas pelos docentes serão descontadas.

Ainda segundo a Secretaria, nenhum professor da rede estadual recebe menos do que o piso nacional, que é de R$ 2.298,80. O salário-base no ensino PEB II é R$ 2.415,89, ou seja, 5% superior ao piso nacional e acrescido de benefícios.

"A Secretaria da Educação pagará a professores e servidores o bônus por mérito no valor de R$ 290 milhões. Sendo que no último dia 7 já foi pago o salário com acréscimo de 10% a mais de 18 mil professores de educação básica I", diz o comunicado.

Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!
Mais do G1

Próxima matéria em

Você deseja continuar recebendo este tipo de sugestões de matérias?