Por Anderson Viegas, G1 MS


Abertura da Semana Antidrogas de Mato Grosso do Sul ocorreu na manhã desta segunda-feira — Foto: Anderson Viegas/G1 MS

Em 20 anos, mais de 300 mil estudantes de Mato Grosso do Sul já foram atendidos pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Os números foram apresentados na manhã desta segunda-feira (19), em Campo Grande, pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), na abertura da Semana Antidrogas. O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, também participou da solenidade.

“O programa mostra ao jovem o risco do uso de drogas. Eu acho que essa iniciativa demonstra a consciência da sociedade quanto a esse problema, que precisa da união de todos, cada um fazendo a sua parte. O governo federal, o governo do estado, as entidades e os conselhos antidrogas do estado e do município. Uma consciência coletiva para levarmos ao jovem o risco que ele corre se entrar nesse caminho”, frisou o governador.

Segundo a Polícia Militar, que é responsável por aplicar o programa a estudantes do 5º ano do ensino fundamental, atualmente a iniciativa atende entre 15 mil e 20 mil alunos, em 62 municípios do estado. A meta da corporação é estender o programa as 79 cidades do estado até o fim deste ano.

O programa

O Proerd tem como modelo um programa criado pela polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, com estudos feitos por pedagogos, psicólogos e policias. O objetivo é provocar o envolvimento da escola, da família e da polícia na prevenção quanto ao uso de drogas e da violência.

Os conhecimentos sobre drogas e as formas de evitá-las são transmitidos aos alunos por meio de dez lições, sendo aplicada uma aula por semana com a utilização de recursos didáticos como: vídeos, dramatizações, jograis, canções, brincadeiras entre outros. No final, são realizadas formaturas, com a participação da família e da comunidade, para a entrega de diplomas aos participantes, habilitando os alunos a difundirem o conhecimento.

MS corredor do tráfico

Em relação a situação apontada em reportagem do Fantástico, que mostra Mato Grosso do Sul como um grande corredor do tráfico de drogas, Azambuja comentou que é uma questão de segurança pública e que demanda também uma ação conjunta das forças de segurança e unidades de inteligência do estado e do governo federal.

“O estado tem feito um grande investimento em equipamentos e inteligência. Estamos montando videomonitoramento nas 14 cidades fronteiriças com a Bolívia e o Paraguai. Mas nós precisamos de um efetivo maior. Precisamos da presença das forças federais, de inteligência integrada, porque isso muitas vezes impede que os projetos dessa área possam avançar mais. Todos os anos nossas unidades policiais apreendem cerca de 300 toneladas de droga. E esse volume vem aumentando. Se não houver um integração das forças estaduais e federais, nos vamos perdendo essa guerra, mas se houver uma efetiva colaboração, não tenho dúvida que nós vamos conseguir diminuir a entrada de drogas no estado e no Brasil”.

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