Por G1 Região dos Lagos


Profissionais se concentraram na Praça do Canhão — Foto: Paulo Henrique Cardoso/ Inter TV

Profissionais da Educação de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, entraram em greve e fizeram manifestação nesta segunda-feira (20). Eles se concentraram na Praça do Canhão e foram caminhando até a Prefeitura. De acordo com o Sepe Costa do Sol, sindicato que representa a categoria, a adesão ao movimento é de 40% dos profissionais.

Os servidores reivindicam aumento de salários e reclamam de escolas sucateadas, além de falta de professores. De acordo com o Sepe, os profissionais reclamam ainda do aumento da carga horária dos funcionários de apoio, sem aumento de salário; do parcelamento do piso do magistério; e da falta do pagamento da insalubridade e periculosidade.

No dia 26 de julho, os profissionais da Educação fizeram uma manifestação em frente à Prefeitura para reivindicar a revisão de Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. O ato fechou a via por dura horas. No dia 30, a greve de professores deixou alunos sem aulas em parte das escolas.

A cidade tem 41 escolas municipais, de acordo com a Prefeitura, todas as unidades estão abertas nesta segunda-feira. Em nota, eles afirmam que estão mantendo negociações com o SEPE-Costa do Sol e que há reivindicações inviáveis porque são ilegais.

Escola Miriam Alves Guimarães foi afetada — Foto: Paulo Henrique Cardoso/ Inter TV

De acordo com a equipe de reportagem da Inter TV, que esteve em unidades da cidade na manhã desta segunda-feira, a Escola Municipal Flonete Alexandrino da Silva, que atende do pré-escolar ao ensino fundamental, o pré 1 não teve aula. Parte do funcionários aderiu à greve e os contratados assumiram a carga de trabalho.

O mesmo cenário acontece na Creche Municipal Tia Márcia, no bairro Boqueirão; na Escola Municipalizada José Guimarães, quu tem turmas do pré 1 ao 5º ano; e na Escola Municipal Professora Miriam Alves Guimarães, que atende do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Nesta última, uma turma foi liberada mais cedo e não havia merenda.

Confira a íntegra da nota da Prefeitura de São Pedro da Aldeia:

"A Prefeitura de São Pedro da Aldeia, por meio da Secretaria de Educação, vem mantendo negociações com o SEPE - Costa do Sol. Há reivindicações inviáveis porque são ilegais. Exemplificando: a extensão, aos servidores da Prefeitura, de um Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) aplicável exclusivamente a servidores da SEMED ou o entendimento, do SEPE, de que a concessão de adicionais de insalubridade ou de auxílio-alimentação sejam direito adquirido de todo trabalhador; quando são na realidade faculdades de gestores, havendo viabilidade legal e orçamentária. Ou a redução de carga horária semanal de 40h para 30h, quando o regime do edital dos concursos respectivos prevê quarenta horas.

A educação tem aqui obtido conquistas, os salários dos servidores estão em dia. Construímos a maior e mais nova escola planejada do município (a Escola M. Profª Mirian Alves de Macedo Guimarães). As 41 unidades escolares do sistema estão sob nossa atenção constante. Imperfeições e problemas, inevitáveis, são cuidados no melhor dos esforços. O transporte e a merenda escolares encontram-se operantes.

O foco do Governo sobre a educação é evidência histórica; por isso, temos plena esperança de que a greve – ocorrida quando nossas portas e negociações estão abertas e ativas – será em tempo e pacificamente resolvida, em nome do que é justo e do que é verdadeiro. Sobretudo, em nome dos nossos alunos e suas famílias, que terminam por serem os maiores e únicos prejudicados."

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