Educação, emergência nacional


A oportuna reunião das principais autoridades do País para reagir aos ataques a escolas é o tipo de mobilização que se espera também para superar a baixa qualidade do ensino

Por Notas & Informações

A reunião convocada pelo presidente Lula da Silva para tratar da onda de ataques a escolas lotou um dos salões do Palácio do Planalto na semana passada. A presença dos chefes dos demais Poderes ao lado de ministros, governadores e prefeitos foi um claro sinal da relevância do tema − e da oportuna decisão do poder público de somar forças para dar um basta a uma violência inaceitável.

O terror que tomou conta das escolas nas últimas semanas, depois do assassinato de uma professora em São Paulo e de quatro crianças em Blumenau (SC), exige que as autoridades se articulem para responder à altura. É bom sinal que ao menos demonstrem disposição de fazer isso, e roga-se que tal esforço tenha caráter permanente. Mas não pode passar despercebido que tamanha mobilização, na verdade, tinha de ter acontecido antes.

A integridade e a segurança do ambiente escolar, por óbvio, são premissas de qualquer pacto civilizatório, bem como a qualidade do ensino e a formação que se oferece às novas gerações. O Brasil, contudo, sofre de uma incapacidade crônica de garantir níveis adequados de aprendizagem à maioria da população sem que isso desperte o senso de urgência e prioridade que o tema requer.

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A falta de qualidade na educação, lamentavelmente, é um mal que solapa as chances de desenvolvimento do País, verdadeiro pacto com o atraso, e também reduz o horizonte de crianças e adolescentes, cada vez mais prisioneiros do mundo virtual das redes sociais, que em geral privilegiam a violência e alimentam o tribalismo em detrimento da cultura geral, do conhecimento genuíno e da razão.

A cena das autoridades reunidas em busca de saídas para a violência nas escolas é sinal positivo − mas foi preciso morrerem crianças com machadadas na cabeça para que os dirigentes da República interrompessem seus afazeres e voltassem a atenção para o que se passa no ambiente escolar. Tal mobilização, se for para valer, bem que poderia inspirar novas atitudes por parte dessas mesmas autoridades em relação às falhas estruturais do ensino no País. Afinal, o que se viu na reunião de altas autoridades da República para discutir violência nas escolas é exatamente o tipo de mobilização que se espera para assegurar a melhoria da qualidade da educação. Um salto que o Brasil não pode mais adiar.

Note-se que a tragédia educacional brasileira é um processo longo e tem raízes profundas. Um drama que se desenrola silenciosamente no cotidiano das redes de ensino. Tais características talvez expliquem, pelo menos em parte, por que sucessivos governos falham nessa área tão estratégica e tudo parece ficar por isso mesmo. Como se o País sofresse de uma miopia que o impede de alçar a vista e mirar o longo prazo. Ora, transformar a educação brasileira demanda iniciativas que não necessariamente produzirão dividendos políticos até as próximas eleições − o horizonte que infelizmente costuma guiar quem ocupa o poder. De fato, são mudanças que levam tempo para se consumar e gerar resultados. Eis uma pista para explicar a falta de urgência, por assim dizer, com que o tema é tratado. Crianças não votam.

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Se o Brasil pretende, de fato, virar um país desenvolvido, a agenda educacional precisa ir para o topo das prioridades. Não apenas na letra das leis ou nos discursos oficiais. O primeiro desafio é justamente tirar do papel e fazer valer o que a legislação prevê. A começar pelo que está escrito na própria Constituição, que define claramente três grandes objetivos para a educação brasileira, a saber: o pleno desenvolvimento de cada indivíduo, a preparação para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho.

Bem, nada mais longe da realidade num país onde boa parte das crianças não é alfabetizada na idade certa; onde nove em cada dez alunos da rede pública não atingem níveis adequados de aprendizagem de matemática; onde a evasão escolar é uma verdadeira máquina de exclusão; e onde a maioria dos jovens que concluem o ensino médio não tem acesso a cursos técnicos − e deixa a escola sem formação para conquistar um emprego. O pior é constatar que tal cenário, de consequências desastrosas no curto, médio e longo prazos, não faça soar o alarme de emergência nacional. Nem dê origem a reuniões extraordinárias.

A reunião convocada pelo presidente Lula da Silva para tratar da onda de ataques a escolas lotou um dos salões do Palácio do Planalto na semana passada. A presença dos chefes dos demais Poderes ao lado de ministros, governadores e prefeitos foi um claro sinal da relevância do tema − e da oportuna decisão do poder público de somar forças para dar um basta a uma violência inaceitável.

O terror que tomou conta das escolas nas últimas semanas, depois do assassinato de uma professora em São Paulo e de quatro crianças em Blumenau (SC), exige que as autoridades se articulem para responder à altura. É bom sinal que ao menos demonstrem disposição de fazer isso, e roga-se que tal esforço tenha caráter permanente. Mas não pode passar despercebido que tamanha mobilização, na verdade, tinha de ter acontecido antes.

A integridade e a segurança do ambiente escolar, por óbvio, são premissas de qualquer pacto civilizatório, bem como a qualidade do ensino e a formação que se oferece às novas gerações. O Brasil, contudo, sofre de uma incapacidade crônica de garantir níveis adequados de aprendizagem à maioria da população sem que isso desperte o senso de urgência e prioridade que o tema requer.

A falta de qualidade na educação, lamentavelmente, é um mal que solapa as chances de desenvolvimento do País, verdadeiro pacto com o atraso, e também reduz o horizonte de crianças e adolescentes, cada vez mais prisioneiros do mundo virtual das redes sociais, que em geral privilegiam a violência e alimentam o tribalismo em detrimento da cultura geral, do conhecimento genuíno e da razão.

A cena das autoridades reunidas em busca de saídas para a violência nas escolas é sinal positivo − mas foi preciso morrerem crianças com machadadas na cabeça para que os dirigentes da República interrompessem seus afazeres e voltassem a atenção para o que se passa no ambiente escolar. Tal mobilização, se for para valer, bem que poderia inspirar novas atitudes por parte dessas mesmas autoridades em relação às falhas estruturais do ensino no País. Afinal, o que se viu na reunião de altas autoridades da República para discutir violência nas escolas é exatamente o tipo de mobilização que se espera para assegurar a melhoria da qualidade da educação. Um salto que o Brasil não pode mais adiar.

Note-se que a tragédia educacional brasileira é um processo longo e tem raízes profundas. Um drama que se desenrola silenciosamente no cotidiano das redes de ensino. Tais características talvez expliquem, pelo menos em parte, por que sucessivos governos falham nessa área tão estratégica e tudo parece ficar por isso mesmo. Como se o País sofresse de uma miopia que o impede de alçar a vista e mirar o longo prazo. Ora, transformar a educação brasileira demanda iniciativas que não necessariamente produzirão dividendos políticos até as próximas eleições − o horizonte que infelizmente costuma guiar quem ocupa o poder. De fato, são mudanças que levam tempo para se consumar e gerar resultados. Eis uma pista para explicar a falta de urgência, por assim dizer, com que o tema é tratado. Crianças não votam.

Se o Brasil pretende, de fato, virar um país desenvolvido, a agenda educacional precisa ir para o topo das prioridades. Não apenas na letra das leis ou nos discursos oficiais. O primeiro desafio é justamente tirar do papel e fazer valer o que a legislação prevê. A começar pelo que está escrito na própria Constituição, que define claramente três grandes objetivos para a educação brasileira, a saber: o pleno desenvolvimento de cada indivíduo, a preparação para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho.

Bem, nada mais longe da realidade num país onde boa parte das crianças não é alfabetizada na idade certa; onde nove em cada dez alunos da rede pública não atingem níveis adequados de aprendizagem de matemática; onde a evasão escolar é uma verdadeira máquina de exclusão; e onde a maioria dos jovens que concluem o ensino médio não tem acesso a cursos técnicos − e deixa a escola sem formação para conquistar um emprego. O pior é constatar que tal cenário, de consequências desastrosas no curto, médio e longo prazos, não faça soar o alarme de emergência nacional. Nem dê origem a reuniões extraordinárias.

A reunião convocada pelo presidente Lula da Silva para tratar da onda de ataques a escolas lotou um dos salões do Palácio do Planalto na semana passada. A presença dos chefes dos demais Poderes ao lado de ministros, governadores e prefeitos foi um claro sinal da relevância do tema − e da oportuna decisão do poder público de somar forças para dar um basta a uma violência inaceitável.

O terror que tomou conta das escolas nas últimas semanas, depois do assassinato de uma professora em São Paulo e de quatro crianças em Blumenau (SC), exige que as autoridades se articulem para responder à altura. É bom sinal que ao menos demonstrem disposição de fazer isso, e roga-se que tal esforço tenha caráter permanente. Mas não pode passar despercebido que tamanha mobilização, na verdade, tinha de ter acontecido antes.

A integridade e a segurança do ambiente escolar, por óbvio, são premissas de qualquer pacto civilizatório, bem como a qualidade do ensino e a formação que se oferece às novas gerações. O Brasil, contudo, sofre de uma incapacidade crônica de garantir níveis adequados de aprendizagem à maioria da população sem que isso desperte o senso de urgência e prioridade que o tema requer.

A falta de qualidade na educação, lamentavelmente, é um mal que solapa as chances de desenvolvimento do País, verdadeiro pacto com o atraso, e também reduz o horizonte de crianças e adolescentes, cada vez mais prisioneiros do mundo virtual das redes sociais, que em geral privilegiam a violência e alimentam o tribalismo em detrimento da cultura geral, do conhecimento genuíno e da razão.

A cena das autoridades reunidas em busca de saídas para a violência nas escolas é sinal positivo − mas foi preciso morrerem crianças com machadadas na cabeça para que os dirigentes da República interrompessem seus afazeres e voltassem a atenção para o que se passa no ambiente escolar. Tal mobilização, se for para valer, bem que poderia inspirar novas atitudes por parte dessas mesmas autoridades em relação às falhas estruturais do ensino no País. Afinal, o que se viu na reunião de altas autoridades da República para discutir violência nas escolas é exatamente o tipo de mobilização que se espera para assegurar a melhoria da qualidade da educação. Um salto que o Brasil não pode mais adiar.

Note-se que a tragédia educacional brasileira é um processo longo e tem raízes profundas. Um drama que se desenrola silenciosamente no cotidiano das redes de ensino. Tais características talvez expliquem, pelo menos em parte, por que sucessivos governos falham nessa área tão estratégica e tudo parece ficar por isso mesmo. Como se o País sofresse de uma miopia que o impede de alçar a vista e mirar o longo prazo. Ora, transformar a educação brasileira demanda iniciativas que não necessariamente produzirão dividendos políticos até as próximas eleições − o horizonte que infelizmente costuma guiar quem ocupa o poder. De fato, são mudanças que levam tempo para se consumar e gerar resultados. Eis uma pista para explicar a falta de urgência, por assim dizer, com que o tema é tratado. Crianças não votam.

Se o Brasil pretende, de fato, virar um país desenvolvido, a agenda educacional precisa ir para o topo das prioridades. Não apenas na letra das leis ou nos discursos oficiais. O primeiro desafio é justamente tirar do papel e fazer valer o que a legislação prevê. A começar pelo que está escrito na própria Constituição, que define claramente três grandes objetivos para a educação brasileira, a saber: o pleno desenvolvimento de cada indivíduo, a preparação para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho.

Bem, nada mais longe da realidade num país onde boa parte das crianças não é alfabetizada na idade certa; onde nove em cada dez alunos da rede pública não atingem níveis adequados de aprendizagem de matemática; onde a evasão escolar é uma verdadeira máquina de exclusão; e onde a maioria dos jovens que concluem o ensino médio não tem acesso a cursos técnicos − e deixa a escola sem formação para conquistar um emprego. O pior é constatar que tal cenário, de consequências desastrosas no curto, médio e longo prazos, não faça soar o alarme de emergência nacional. Nem dê origem a reuniões extraordinárias.

A reunião convocada pelo presidente Lula da Silva para tratar da onda de ataques a escolas lotou um dos salões do Palácio do Planalto na semana passada. A presença dos chefes dos demais Poderes ao lado de ministros, governadores e prefeitos foi um claro sinal da relevância do tema − e da oportuna decisão do poder público de somar forças para dar um basta a uma violência inaceitável.

O terror que tomou conta das escolas nas últimas semanas, depois do assassinato de uma professora em São Paulo e de quatro crianças em Blumenau (SC), exige que as autoridades se articulem para responder à altura. É bom sinal que ao menos demonstrem disposição de fazer isso, e roga-se que tal esforço tenha caráter permanente. Mas não pode passar despercebido que tamanha mobilização, na verdade, tinha de ter acontecido antes.

A integridade e a segurança do ambiente escolar, por óbvio, são premissas de qualquer pacto civilizatório, bem como a qualidade do ensino e a formação que se oferece às novas gerações. O Brasil, contudo, sofre de uma incapacidade crônica de garantir níveis adequados de aprendizagem à maioria da população sem que isso desperte o senso de urgência e prioridade que o tema requer.

A falta de qualidade na educação, lamentavelmente, é um mal que solapa as chances de desenvolvimento do País, verdadeiro pacto com o atraso, e também reduz o horizonte de crianças e adolescentes, cada vez mais prisioneiros do mundo virtual das redes sociais, que em geral privilegiam a violência e alimentam o tribalismo em detrimento da cultura geral, do conhecimento genuíno e da razão.

A cena das autoridades reunidas em busca de saídas para a violência nas escolas é sinal positivo − mas foi preciso morrerem crianças com machadadas na cabeça para que os dirigentes da República interrompessem seus afazeres e voltassem a atenção para o que se passa no ambiente escolar. Tal mobilização, se for para valer, bem que poderia inspirar novas atitudes por parte dessas mesmas autoridades em relação às falhas estruturais do ensino no País. Afinal, o que se viu na reunião de altas autoridades da República para discutir violência nas escolas é exatamente o tipo de mobilização que se espera para assegurar a melhoria da qualidade da educação. Um salto que o Brasil não pode mais adiar.

Note-se que a tragédia educacional brasileira é um processo longo e tem raízes profundas. Um drama que se desenrola silenciosamente no cotidiano das redes de ensino. Tais características talvez expliquem, pelo menos em parte, por que sucessivos governos falham nessa área tão estratégica e tudo parece ficar por isso mesmo. Como se o País sofresse de uma miopia que o impede de alçar a vista e mirar o longo prazo. Ora, transformar a educação brasileira demanda iniciativas que não necessariamente produzirão dividendos políticos até as próximas eleições − o horizonte que infelizmente costuma guiar quem ocupa o poder. De fato, são mudanças que levam tempo para se consumar e gerar resultados. Eis uma pista para explicar a falta de urgência, por assim dizer, com que o tema é tratado. Crianças não votam.

Se o Brasil pretende, de fato, virar um país desenvolvido, a agenda educacional precisa ir para o topo das prioridades. Não apenas na letra das leis ou nos discursos oficiais. O primeiro desafio é justamente tirar do papel e fazer valer o que a legislação prevê. A começar pelo que está escrito na própria Constituição, que define claramente três grandes objetivos para a educação brasileira, a saber: o pleno desenvolvimento de cada indivíduo, a preparação para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho.

Bem, nada mais longe da realidade num país onde boa parte das crianças não é alfabetizada na idade certa; onde nove em cada dez alunos da rede pública não atingem níveis adequados de aprendizagem de matemática; onde a evasão escolar é uma verdadeira máquina de exclusão; e onde a maioria dos jovens que concluem o ensino médio não tem acesso a cursos técnicos − e deixa a escola sem formação para conquistar um emprego. O pior é constatar que tal cenário, de consequências desastrosas no curto, médio e longo prazos, não faça soar o alarme de emergência nacional. Nem dê origem a reuniões extraordinárias.

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