Educação anuncia saída de presidente do Inep a menos de 4 meses do Enem
Dupas assumiu o cargo em fevereiro do ano passado. Durante o período, envolveu-se em polêmicas e teve de enfrentar acusações de interferência do governo federal nas provas do Enem.
Em novembro de 2021, quando faltavam 13 dias para o Enem, mais de 30 servidores do órgão pediram exoneração e dispensa coletiva. Dupas foi acusado pelos funcionários de assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões. Ele negou as acusações.
Também em novembro, o Estadão apurou que houve supressão de "questões sensíveis" na prova. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que as perguntas do Enem teriam "a cara do governo".
Naquele mesmo mês, em comissão do Senado, Dupas falou ser "comum" a adição e a retirada de questões durante a montagem do teste. E explicou que a "cara do governo é seriedade e transparência".
Godoy informou que, a partir de 1° de agosto, Carlos Moreno assume o cargo, "respondendo interinamente e garantindo a continuidade dos exames e avaliações fundamentais para toda a sociedade brasileira". Segundo o ministro, Moreno é servidor de carreira da autarquia há 37 anos e mestre em Estatística pela Universidade de Brasília (UnB).
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