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Educação 360 Tecnologia: coragem para mudar e vencer velhas barreiras

Modificar paradigmas educacionais exige dedicação e planejamento
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Marc Prensky fala como serão as crianças do futuro, com seus "cérebros estendidos" e em conexão com gente do mundo todo Foto: Fabio Cordeiro
Marc Prensky fala como serão as crianças do futuro, com seus "cérebros estendidos" e em conexão com gente do mundo todo Foto: Fabio Cordeiro

Os avanços tecnológicos revolucionaram vários setores da sociedade, levando pessoas e instituições a adotarem novas maneiras de consumir serviços, produtos e conteúdos; novas formas de se comunicar, pesquisar e se atualizar. Contudo, no âmbito do ensino, essa mudança não tem acompanhado o ritmo veloz observado nas outras áreas do conhecimento. Durante um dia inteiro, especialistas, educadores, pesquisadores e estudantes debruçaram-se sobre essa questão no Educação 360 Tecnologia, realizado no Museu do Amanhã pelo GLOBO e EXTRA, com patrocínio de Petrobras, Fundação Telefônica Vivo e Somos Educação/Colégio pH.

O evento contou com a presença do escritor americano Marc Prensky que, com suas ideias arrojadas, vem causando polêmica no universo da educação. Segundo sua teoria, as crianças que estão nascendo a partir de hoje têm “cérebros estendidos”, capazes de realizações que nem sequer conseguimos imaginar. Entre as questões levantadas no evento, destacou-se a resistência que muitas escolas ainda oferecem à adoção de novas tecnologias. Também foram apontados vários casos de sucesso e projetos que conseguiram vencer essa inércia, graças a um bom planejamento e visão clara de futuro. O evento contou com palestras nacionais e internacionais no auditório, além de abrir espaço especial para um painel realizado por estudantes.

Iniciativas superam resistências

O encontro teve a participação de Regina Gavassa, coordenadora do Núcleo de Tecnologias para Aprendizagem da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, que mostrou iniciativas bem-sucedidas de professores que introduziram nas escolas a cultura Maker e aulas práticas de robótica. Tatiana Klix, editora do portal Porvir, por sua vez, apresentou um levantamento dos desejos e aspirações dos estudantes diante das novas ferramentas de tecnologia educativa.

Mila: Fundação Telefônica Vivo pretende alcançar um futuro diferente do que se tem hoje, trabalhando numa Educação do presente Foto: Eduardo Uzal
Mila: Fundação Telefônica Vivo pretende alcançar um futuro diferente do que se tem hoje, trabalhando numa Educação do presente Foto: Eduardo Uzal

Reinventar as práticas pedagógicas com novas tecnologias é um trabalho que pode levar muitos anos. E foi pensando numa educação do presente, mas que pretenda alcançar um futuro diferente do que se tem hoje, que a Fundação Telefônica Vivo — que chegou ao Brasil em 1999 — desde o início de sua atuação no país colocou diante de si um desafio: como um grupo de telecomunicações pode atuar na responsabilidade social no tema da Educação?

— Durante os primeiros dez anos de nossa atuação, vivenciamos a chegada da internet ao mundo da Educação. Mas com essa experiência adquirida, acabamos com a crença inicial de que a tecnologia sozinha daria conta de resolver os problemas na Educação — relata a psicóloga e mestre em Ciências da Comunicação pela USP Mila Gonçalves, gerente de projetos da Fundação.

Uma das mesas de debate enfatizou a necessidade de preparação técnica e metodológica das escolas e redes de ensino, de modo a ficarem aptas para absorver a nova cultura educacional utilizando equipamentos e sistemas. Sérgio Branco, cofundador e diretor do ITS Rio, ressaltou o baixo nível de autonomia dos alunos.

— Não podemos perder essa chance histórica de dar o salto tecnológico na Educação.

Marcio Guerra Amorim, líder do Projeto Educação Livre (SESI/BID), apontou a urgência em se planejar a aplicação efetiva da tecnologia no ensino, antes que de fato sejam implantados sistemas modernos e conectividade nos lugares ainda desprovidos desses recursos. Já Eziquiel Menta, diretor de Políticas e Tecnologias Educacionais da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, reforçou a necessidade do planejamento coletivo das escolas.

Além de extremamente útil para o ensino, a tecnologia pode servir também como ferramenta para facilitar a organização da escola e a cultura de inovação nos processos de ensino. Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB, destacou o mau gerenciamento do tempo dos professores em sala de aula e apontou tecnologias simples e de baixo custo para resolver essa questão. Carmem Prata, assessora de Tecnologia Educacional na Secretaria Estadual de Educação do Espírito Santo, relatou o sucesso ao mapear todos os professores em sua rede de educação e assim entender suas necessidades e anseios referentes à questão da tecnologia educativa.

Alex Pinheiro destaca a importância do diálogo entre a iniciativa privada e pública no campo da Educação Foto: Fabio Cordeiro
Alex Pinheiro destaca a importância do diálogo entre a iniciativa privada e pública no campo da Educação Foto: Fabio Cordeiro

Outro aspecto destacado foi a importância do diálogo entre a iniciativa privada e pública no campo da Educação. Alex Pinheiro, sócio e diretor digital da Somos Educação/pH e vencedor do prêmio Best Mobile Innovation for Education & Learning no 20º Global Mobile Awards em 2015, está atento a isso:

— A gestão escolar é uma gestão de expectativas, como o aluno interage com o conteúdo pedagógico dentro e fora da instituição. E essa nova demanda foi ampliada com a modernização da gestão em ambientes educacionais.

Na última mesa de debates, Rodrigo Pimentel, responsável pela área de Educação do Google para a América Latina, apresentou diversos projetos da empresa no setor e enfatizou a urgência da implementação das tecnologias educativas no país. André Bello, graduado em Desenho Industrial e com pós-graduação em Marketing Estratégico, demonstrou as aplicações do “design thinking” no ambiente digital e Maria Slemenson, gestora de projetos educacionais no Instituto Natura, Projetos Trilhas e Escola Digital, levou ao evento ferramentas de customização da identidade visual que conferem aos conteúdos a “cara” das redes de ensino em que são minstrados.

Claudio Jorge Oliveira: investir em Educação é interesse da sociedade para o progresso do país Foto: Eduardo Uzal
Claudio Jorge Oliveira: investir em Educação é interesse da sociedade para o progresso do país Foto: Eduardo Uzal

— O investimento em Educação é um interesse em comum da sociedade brasileira para o progresso do país, por isso é tão importante um evento como esse – afirma Claudio Jorge Oliveira, gerente de eventos e promoções da Petrobras.

Reconhecida como uma companhia de alta tecnologia, a Petrobras pretende, segundo Claudio, cada vez mais apoiar eventos como o Educação 360 Tecnologia, que trazem à tona debates em torno da Educação e da Tecnologia.