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Educação 360 Jovem Tech reúne estudantes e especialistas para debater tecnologia nas escolas

Evento ocorre no Museu do Amanhã e conta com transmissão on-line
Eric Hanushek, da Universidade de Stanford (EUA), palestrou na última edição do Educação 360 Foto: Reprodução
Eric Hanushek, da Universidade de Stanford (EUA), palestrou na última edição do Educação 360 Foto: Reprodução

RIO - O celular já está presente no cotidiano das salas de aula, mas muitas vezes é visto mais como um desafio do que uma solução para a educação. Discutir como utilizar diferentes tecnologias, que estão presentes entre jovens, a favor do ensino é o tema do Educação 360 Jovem Tech, que acontece nesta sexta-feira no Museu do Amanhã. O evento terá quatro mesas com estudantes e especialistas, em pé de igualdade, discutindo possíveis caminhos e trocando impressões e experiências sobre o tema.

— Precisamos que os jovens debatam a educação e digam o que acreditam funcionar dentro da sala de aula — afirma Roberta Ferraz, coordenadora do Educação 360. — Os alunos da educação básica hoje são inteiramente conectados nas plataformas digitais, mas, ainda assim, o ensino médio ainda é um ponto deficiente do aprendizado. Por que não unir os dois fatores e pensar em alternativas interligadas?

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A presença da tecnologia na escola, segundo os especialistas, não é mais uma questão. O problema é como ela está sendo trabalhada. Para Antônio Gois, colunista de educação do GLOBO e mediador das quatro mesas, as escolas passaram a ter instrumentos e mídias, mas isso não necessariamente cumpre uma função pedagógica:

— Não adianta você dar notebooks e tablets aos alunos sem pensar em formas eficazes de usá-los. Em muitos casos, fazer isso, em vez de ajudar, atrapalha. A tecnologia sozinha não adianta para a educação, deve vir acompanhada de uma estratégia maior.

Medidas complementares

A primeira mesa do evento trata exatamente disso: “Tecnologia no ensino médio”. A discussão será sobre como utilizar os diferentes meios digitais para melhorar a aprendizagem. Diretora do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), Lucia Dellagnelo afirma que fornecer infraestrutura e acesso às ferramentas é importante, mas não suficiente.

— Pesquisas feitas em outros países indicam que, em alguns deles, houve um desenvolvimento no aprendizado depois que se investiu em infraestrutura tecnológica nas escolas. Em outros, não. Isso comprova que a tecnologia deve vir com uma série de medidas complementares.

Ela dividirá a mesa com o filipino Lee Magpili, especialista em robótica e integrante da divisão educacional da Lego, que aponta que tecnologia não são só aparelhos caros.

—Tecnologia pode significar coisas diferentes: podem ser computadores, robôs e projetores de alta tecnologia para os professores, mas também ferramentas de baixa tecnologia para trabalhar madeira ou metal e até uma lupa para estudar rochas. Há, é claro, um custo para cada um deles — não apenas dinheiro, mas também tempo para dominar, assim como para preparar lições. Mas o custo de não ensinar com tecnologia é maior.

As outras mesas serão de “Formação para o trabalho”, “Itinerários formativos para o novo ensino médio” e “O professor no ensino médio”. O evento também terá uma abertura com Todd Ensign, diretor do setor de educação da Nasa.

O Educação 360 é uma realização dos jornais O GLOBO e Extra com patrocínio de Sesi e Colégio pH, apoio institucional de Instituto Inspirare e apoio de TV Globo, Canal Futura, TechTudo, Revista Galileu, Unesco e Unicef.

O Educação 360 Jovem Tech é uma série de conversas sobre educação focadas na integração entre tecnologia e ensino médio. O evento vai reunir especialistas e alunos que estão nesse grau da educação básica para discutir problemas, soluções e novidades das plataformas tecnológicas no ensino.

Painéis:

10h — Tecnologia no ensino médio;

11h30 — Formação para o trabalho;

15h — Itinerários formativos do novo ensino médio;

16h30 — O professor do ensino médio.