Por Geovane Brito, G1 Santarém — Pará


O ano letivo de 2018 na rede estadual de ensino em Santarém, no oeste do Pará, iniciará com novidades em duas instituições do município. As escolas Maria Uchôa Martins e Frei Ambrósio adotarão a modalidade de ensino integral nas turmas de 1º ano do médio. Para que a modalidade fosse implantada, os alunos de seis escolas foram previamente consultados, porém apenas duas aceitaram o desafio pioneiro na região.

De acordo com o diretor da 5ª Unidade Regional de Ensino (URE), Jucinaldo Almeida, com este formato as escolas não disponibilizarão vagas para o 6º ano do ensino fundamental, visto que é necessário que haja salas disponíveis nas escolas para que a nova metodologia seja implantada.

Gradativamente, nos próximos anos, serão extintas dessas instituições as turmas do 7º e 8º ano do ensino fundamental para que as turmas de 2º e 3º ano do ensino médio funcionem em tempo integral.

Jucinaldo informou que o projeto tem duração de 10 anos no município e as instituições participantes receberão nos primeiros três anos, investimentos dos governos estadual e federal. Se alguma outra escola mostrar interesse em aderir à integralidade de ensino será possível.

Desafios

Para ofertar a nova modalidade, o espaço escolar deve ter ao menos quatro dos requisitos solicitados para a implantação do ensino integral: ter no mínimo 10 salas de aula, biblioteca, quadra poliesportiva, cozinha, vestiário e refeitório.

Apesar de demandar uma estrutura mais completa, as escolas contempladas iniciarão as atividades ainda sem reformas complementares. “Essas alterações e as melhorias vão acontecendo gradativamente. Está sendo garantindo pela secretaria os materiais, destinação utensílios que a escola vai necessitar, mais a ampliação no espaço escolar”, explicou a diretora da escola Maria Uchôa Martins, Juliana Santos.

Os alunos entrarão às 7h na escola e sairão ao final do dia, às 17h. Os professores serão capacitados para que possam modificar a metodologia de ensino-aprendizagem e garantir que os estudantes tenham uma educação diferenciada.

A implantação dividiu a opinião dos alunos. A estudante Isabele Caetano sabe que vai ser um desafio, mas espera que dê tudo certo. “É uma boa opção o ensino médio integral, pois vai colocar boa parte em outro tipo educação incluindo novas coisas”, disse. Já Rayan Souza, acredita que a escola ainda não tem capacidade para implantar tal formato. “A gente não tem uma estrutura boa que ampare a gente o dia todo”, contou.

Com as aulas teóricas e práticas, o diretor da escola Frei Ambrósio, Jonathas Gomes, acredita que os benefícios serão tanto para os próprios educandos quanto para a comunidade escolar como um todo.

Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!
Mais do G1