02/03/2018

Discussão sobre Base Curricular orienta adoção do documento

O Ministério da Educação promoveu nesta quinta-feira, 1º de março, no edifício sede da pasta, em Brasília, novos debates sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio. A reunião, realizada durante todo o dia, deu prosseguimento às discussões sobre o documento, que vêm sendo realizadas desde o início de sua elaboração. Desta vez, representantes da Inglaterra, Portugal e Argentina apresentaram estudos e pesquisas sobre o tema, realizados pelo terceiro setor, institutos e fundações.

Para a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, os trabalhos divulgados no encontro foram importantes no sentido de reforçar a orientação dos estados no momento da implementação da BNCC do ensino médio. “O nosso documento já está bem encaminhado. Essas pesquisas são importantes para a implementação, porque a base é uma referência para orientar a organização dos currículos dos estados”, explicou.

O evento contou com a participação de diferentes servidores do MEC, incluindo membros que fazem parte do comitê nacional da BNCC. Durante a tarde, houve a participação do ex-ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato, que contou sobre as recentes mudanças implantadas no ensino médio do país e os resultados da experiência nos últimos anos.

Portugal – Em sua apresentação, Nuno Crato, que comandou a pasta educacional entre 2011 e 2015, relembrou as dificuldades, começando pela crise econômica enfrentada pelos portugueses naquele período, explicou o processo de mudança do ensino médio e apresentou indicadores internacionais, responsáveis por aprimorar o modelo de aprendizado e colocar Portugal à frente de países como a Finlândia em rankings internacionais de educação.

Segundo o ex-ministro, um dos fatores responsáveis pelo fortalecimento da base de ensino, entre outros, foi a criação de metas educacionais para a maioria das disciplinas, principalmente as que apresentavam, à época em que assumiu a pasta, os indicadores mais deficientes de leitura e números, relacionada às disciplinas de língua portuguesa e matemática. Além disso, a equipe estabeleceu parcerias com o setor empresarial.

Os resultados, de acordo com o ex-ministro, contribuíram de forma sistemática para o avanço no ensino médio em Portugal. “Através das metas, criamos novos exames, dedicamos mais tempo a outras disciplinas em anos alternados e fortalecemos o ensino do inglês. Assim, evoluímos no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e no Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS)”, pontuou.

O secretário de Educação Básica, Rossieli Soares, destacou a importância da experiência portuguesa por meio de indicadores internacionais. “É importante pelas similaridades, culturais inclusive, entre os dois países. Além disso, há peculiaridades comuns pelas reformas que estamos passando, entendendo quais foram os pontos fortes, dificuldades e resultados. Temos muito a aprender diante de nossa realidade e necessidades”, completou.

Assessoria de Comunicação Social - mec (01.03.2018)

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×