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Digital veio para ficar no ensino, diz pesquisa TIC Educação

Levantamento mostra, no entanto, que ainda existe dificuldade para usar aparelhos e saída, segundo pesquisadores está na capacitação de professores

Por Da Redação 12 jul 2022, 22h25

A tecnologia chegou para ficar na educação básica e a pandemia tratou de sedimentar essa tendência, ao obrigar a continuidade das atividades de ensino no Brasil. Essa foi a principal conclusão da TIC Educação 2021, pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgada nesta terça-feira, 12.

Para o levantamento foram entrevistados, por telefone, 1.865 professores de escolas públicas e particulares. Foi a primeira vez que o estudo ouviu docentes de áreas rurais, além dos das áreas urbanas. As entrevistas foram feitas entre setembro de 2021 e maio.

A maioria dos professores afirmou que a escola ofereceu aulas e atividades aos alunos na modalidade híbrida (91%), combinando estratégias educacionais remotas e presenciais. Dois quintos (39%) mencionaram que a escola teve aulas remotas, porcentagem superior à oferta de aulas presenciais (12%) no período.

Escolas rurais tiveram mais dificuldade para oferecer aulas virtuais aos seus alunos durante a pandemia, em razão da falta de dispositivos e de conexão à internet. Nas instituições localizadas em centros urbanos, o problema persiste em índices um pouco menores.

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Um dos problemas mais graves é a falta de habilidade para realizar atividades educacionais com uso de tecnologias, apontada por 76% dos professores das áreas rurais. “Em algumas regiões, não há acesso à internet de boa qualidade ou não há acesso algum”, disse a VEJA Daniela Costa, coordenadora da pesquisa. Nas cidades, esse problema foi destacado por 66% dos docentes.

A falta de dispositivo e de acesso à internet nos domicílios dos alunos foi apontada como desafio para manter as aulas durante a pandemia por 92% dos professores de escolas rurais. Entre os de escolas urbanas, a porcentagem foi 84%.

Segundo a pesquisa, 93% dos professores usaram telefone celular para desenvolver atividades educacionais; 84%, computador portátil; 44%, computador de mesa, e 11%, tablet. Um a cada quatro professores não tinha um dispositivo exclusivo e precisava compartilhá-lo com outras pessoas da mesma casa. Considerados apenas os professores de áreas rurais, 12% utilizaram apenas o celular.

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As tecnologias seguem e seguirão sendo usadas para aprendizagem nas escolas e, por isso, é preciso um melhor preparo. Quase a totalidade, 93% dos professores, afirmou que um dos desafios enfrentados a partir da pandemia é a defasagem na aprendizagem dos estudantes. Nessa recuperação, uma das estratégias mais usadas é a combinação de aulas de recuperação presenciais e remotas com o uso de tecnologias digitais, como apontado por 58% dos professores.

A pesquisa mostra que 55% dos professores de escolas rurais que ofereceram aulas de forma remota ou híbrida utilizam um ambiente ou plataforma virtual de aprendizagem e 44% usam um aplicativo da escola, do governo, da prefeitura ou da secretaria de educação. Entre as escolas localizadas em áreas urbanas com educação remota ou híbrida, essas porcentagens são 71% e 54%, respectivamente.

Daniela ressalta que agora é necessário que haja um planejamento de investimento e também de formação, para que a tecnologia possa de fato contribuir para que o Brasil alcance metas e objetivos educacionais. “Já teve diversas políticas públicas nesse sentido” disse Daniela. “Existiam cursos específicos, com multiplicação de capacitação. Formava-se um professor e ele multiplicava esse conhecimento. A questão é que precisamos criar modelos adaptativos para diferentes demandas, e para isso precisamos e=ouvir comunidades, professores e alunos.”

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(Com Agência Brasil)

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