Dia da Educação: 10 jovens ativistas que atuam em agendas prioritárias para o Brasil e para o mundo - PORVIR

Inovações em Educação

Dia da Educação: 10 jovens ativistas que atuam em agendas prioritárias para o Brasil e para o mundo

Conheça jovens que desde cedo assumiram o protagonismo por democracia e direitos humanos, combate ao racismo, redução de desigualdades e defesa do meio ambiente

por Ana Luísa D'Maschio / Marina Lopes / Vinícius de Oliveira ilustração relógio 28 de abril de 2023

A formação integral dos estudantes para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva é apontada pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular) como a proposta central da educação brasileira. Em sistemas educacionais de diferentes países, os desafios e agendas globais prioritárias também têm ganhado espaço nas salas de aula. Na Itália, por exemplo, a discussão sobre mudanças climáticas se transformou em matéria obrigatória em todas as escolas. Nos Estados Unidos, a temática de justiça social entrou para o currículo de alguns estados. 

Neste 28 de abril, data em que é celebrado o Dia Mundial da Educação e o aniversário de 11 anos do Porvir, é importante refletir sobre os propósitos que queremos alcançar com a formação de crianças, adolescentes e jovens.

Para marcar a data e reforçar o nosso compromisso com a produção de conteúdos sobre transformações que garantam equidade e qualidade na educação a todos os estudantes, preparamos uma lista com 10 jovens ativistas que estão empenhados em agendas prioritárias para o Brasil e para o mundo: crise climática, defesa da democracia, redução de desigualdades, direitos humanos e combate ao racismo.

Para a produção deste material, contamos com apoio da Ashoka, rede global que reúne pessoas e organizações para promover mudanças sistêmicas para o bem comum, a fim de que todos se reconheçam como agentes de transformação.

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Combate ao racismo 

No Brasil, a lei 10.639 completou vinte anos de existência, tornando obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nos currículos escolares. Porém, um estudo recém-lançado pelo Geledés Instituto da Mulher Negra e pelo Instituto Alana demonstrou que 71% das secretarias municipais de educação realizam pouca ou nenhuma ação para a efetividade da lei. Em um país fundado no racismo, a promoção de uma educação antirracista deve ser encarada como urgência para todas as escolas. O tema também é uma pauta global que requer maior comprometimento das nações em todas as esferas, conforme tem apontado Tendayi Achiume, relatora especial sobre formas contemporâneas de racismo na ONU (Organização das Nações Unidas). 

Conheça jovens ativistas que estão envolvidos com essa causa: 

Bruno SouzaCrédito: Arquivo Pessoal

“As palavras que dizemos juntos mudam muita coisa e, por isso, acredito que podemos construir um novo mundo, bem mais parecido com a gente.”

Certa vez, Bruno Souza foi colocado para fora da sala. Não entendeu o motivo – ele tinha pedido ao professor para que a turma pudesse visitar a área de proteção ambiental do bairro de Parelheiros (extremo sul de São Paulo), a fim de entender o processo de erosão de perto. Seu castigo, ficar sozinho, foi cumprido na biblioteca da escola. Mas a bronca surtiu efeito contrário: naquele ambiente acolhedor, descobriu como a leitura inspira a empatia e potencializa os diálogos.

“E também descobri que a literatura cria modos de expressar as injustiças que sentimos pessoalmente e as outras que são coletivas”, contou Bruninho, como é mais conhecido, em texto publicado no site da Ashoka.

Além da biblioteca da escola, tornou-se frequentador assíduo do espaço comunitário Caminhos da Leitura. As atividades coletivas ali criadas o inspiraram a cofundar o Núcleo de Jovens Políticos, grupo que articula ações da juventude na “quebrada” por meio de clubes de leitura, saraus e aulas públicas. “Uma das tarefas do Núcleo de Jovens Políticos é decodificar as narrativas do campo e mostrar que política também é lugar de jovem.” Bruninho também integra o coletivo Encrespad@s, que desenvolve formações e leva às escolas o debate sobre gênero, identidade étnica e educação antirracista, bem como a importância do protagonismo e da liderança da juventude.   

Zulaikha Patel com seu livro sobre a trajetória de uma menina negraCrédito: Arquivo Pessoal/Zulaikha Patel/UN

“Me pedir para mudar o meu cabelo é como me pedir para apagar a minha negritude.”

Pretoria High é uma antiga escola pública exclusiva para brancos, localizada em Pretória, capital da África do Sul. Em 2016, a mentalidade segregacionista ainda estava enraizada entre alguns educadores, que exigiam o alisamento e corte de cabelo apenas dos estudantes negros.

Em resposta ao racismo, Zulaikha Patel, então com 13 anos, liderou um protesto silencioso e não violento: todos os colegas vestiram preto e ergueram cartazes com as palavras: “Não ao racismo!” O movimento se estendeu pelas redes sociais e em todas as escolas públicas do país. Tamanho o alcance da iniciativa que Zulaikha foi reconhecida como uma das 100 mulheres mais influentes pela BBC naquele ano. E seguiu no ativismo e na luta pela educação antirracista.

Atualmente, Zulaikha é estudante de direito. Lançou a organização “Dare to Change” (Ouse Mudar, em tradução livre), a fim de “inspirar os jovens a ousar mudar o mundo ao seu redor, com base em três pilares: educação, ativismo e alfabetização.”

Crise climática

A ansiedade com as mudanças climáticas afeta a vida de 45% dos jovens no mundo, conforme apontou uma pesquisa publicada no periódico Science Direct, que ouviu 10 mil pessoas com idades entre 16 e 25 anos em 10 países, incluindo o Brasil. A temática ambiental também aparece entre os temas de maior preocupação dos jovens ouvidos pela pesquisa JUMA (Juventudes, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), mas 36% deles afirmaram que não conhecem o bioma onde vivem. Mais da metade dos entrevistados esperam que instituições públicas e privadas promovam debates em escolas e universidades para ajudá-los a enfrentar os efeitos da crise climática. 

Conheça jovens ativistas que estão envolvidos com essa causa:

A ativista Txai Surui discursa na Conferência do Clima da ONUKarwai Tang/ UK Government/Reprodução

“A Terra está falando. E está dizendo que não temos mais tempo.”

Líder indígena e fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, Txai Suruí ficou conhecida em todo o mundo após discursar sobre o avanço da mudança climática na Amazônia, durante abertura oficial da COP26 (Conferência da Cúpula do Clima), realizada em 2021, na cidade de Glasgow, na Escócia. Filha de Neidinha Suruí e Almir Suruí, ela cresceu no ambiente do ativismo e, ainda bem jovem, começou a coordenar ações e mobilizações em defesa dos direitos dos povos indígenas.

Da etnia paiter-suruí, ela foi a primeira do seu povo a ingressar em um curso de direito, na Universidade Federal de Rondônia. Para a ativista, é impossível separar a luta ambiental da luta climática. “Eu acho que falar de clima é falar de meio ambiente, assim como falar de justiça climática é falar de pessoas, falar de uma pauta antirracista, anticapitalista, por igualdade de gênero, contra as desigualdades sociais. São coisas que a gente pode abordar separadamente, mas elas nunca se separam”, afirmou a jovem em entrevista à Agência Pública.

“Estou dizendo para vocês que há esperança. Eu tenho visto isso. Mas ela não vem dos governos e corporações. Ela vem das pessoas.”

Conhecida por ter protestado fora do prédio do parlamento sueco e por ser a líder do movimento de greve das escolas pelo clima, Greta Thunberg tem sido uma voz influente no mundo para denunciar e alertar sobre a urgência de medidas de combate às alterações climáticas. A ativista sueca já mobilizou manifestações pelo clima em diversos países, participou de debates da ONU (Organização das Nações Unidas) e foi indicada por deputados noruegueses para o Prêmio Nobel da Paz.

Para a jovem, é preciso alertar as pessoas sobre a crise climática, já que não fomos conscientizados sobre essa questão. “Como não conhecemos nem mesmo os fatos básicos, como podemos esperar que as pessoas queiram ações pelo clima? E isso é algo que precisa mudar. Precisamos entender que não estamos lutando por causas diferentes. Estamos lutando pela mesma causa, ainda que não pareça. É uma luta por justiça climática, justiça social. Qualquer que seja, é uma luta por justiça”, alertou, em entrevista à National Geographic.

Defesa da democracia 

As gerações mais jovens estão cada vez mais insatisfeitas com a democracia, conforme relatório do Centre for the Future of Democracy da Universidade de Cambridge (Reino Unido), que reuniu bancos de dados de 154 países realizados durante cinco décadas. E não é só isso. Na pesquisa Juventude e Democracia na América Latina, a partir da escuta de jovens de 16 a 24 anos do Brasil, da Argentina, da Colômbia e do México, foi possível identificar que eles defendem a democracia, mas estão desconectados emocionalmente e afetivamente das instituições democráticas. Diante desse contexto, a escola precisa apoiar a formação cidadã dos jovens para que eles possam exercer sua participação de forma democrática em diferentes contextos. 

Conheça jovens ativistas que estão envolvidos com essa causa:

Gelson Henrique, ativista pelos direitos humanosArquivo pessoal/Facebook/Reprodução

“Quero ver mais jovens elaborando políticas públicas, e não sendo apenas público-alvo. Somos nós que precisamos estar nos diversos espaços da sociedade civil organizada.”

Cofundador da Iniciativa PIPA, que conecta a filantropia às favelas e periferias, Gelson é ativista pelos direitos humanos há 7 anos. Cientista social, atualmente é mestrando em políticas públicas. Também fez parte
da primeira gestão do conselho de jovens do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil.

“A Pipa é uma iniciativa pensada para ajudar a democratizar o acesso ao investimento social privado no Brasil. Queremos ser uma ponte efetiva de conexão entre financiadores e coletivos, movimentos e organizações de base favelada e periférica, produzindo diagnósticos, ferramentas e ações para fazer com que esses recursos cheguem às favelas e às periferias brasileiras”, escreveu Gelson, em artigo para o jornal Folha de S.Paulo.

Para ele, é fundamental entender que as periferias são parceiros estratégicos da transformação social do país. “A partir do momento em que eu conheço os nós de onde eu vim, eu sei para onde vou, valorizando a cultura preta e nossa ancestralidade, respeitando nossos mais velhos, construindo estratégias com nossos contemporâneos, para garantir um bom lugar para os nossos mais novos”, disse ele, em relato para a Ashoka.

Fridah Okomo, jovem ativista do QuêniaArquivo pessoal

“Devemos ser a geração que exige e implementa mudanças.”

Quando trabalhou como voluntária de uma comunidade rural, a jovem Fridah Okomo notou como as deficiências auditivas impactavam a educação de crianças e jovens. “Senti suas lutas e me comprometi a fazer a diferença defendendo seu espaço e seus direitos.” Atualmente, ela desenvolve cursos de formação para educadores e estudantes quenianos para promover a inclusão de alunos com deficiência. “A educação é um aspecto importante no avanço da inclusão social, especialmente entre os jovens”, afirmou ao site Share America.

Recentemente, Fridah participou de um Intercâmbio de Engajamento Comunitário (CEE, na sigla em inglês) do Departamento de Estado dos Estados Unidos, ao lado de cem líderes comunitários de 69 países. Por três meses, os jovens foram capacitados para ampliar sua atuação nas comunidades de origem.

Fridah também atua contra as mudanças climáticas e é voluntária do VSO (Voluntary Service Overseas), organização do Reino Unido com ações presentes em 23 países da África e da Ásia. “Os jovens não são apenas vítimas das mudanças climáticas, mas também valiosos agentes de mudança. Eles podem desempenhar um papel ativo na busca e implementação de soluções”, acredita a jovem queniana.

Direitos humanos

Apenas 7% dos brasileiros afirmam que têm “muito” conhecimento sobre direitos humanos e desigualdade de gênero, como apontou dados de um levantamento feito pela ONU Mulheres com Instituto Ipsos. Nesse cenário, a escola tem um papel fundamental na promoção de princípios e valores fundamentais, como liberdade, igualdade, dignidade, justiça, direito à educação, entre outros. Além de garantir os direitos de crianças, adolescentes e jovens, também é preciso chamar a atenção deles para as diversas violações que acontecem no Brasil e no mundo.

De acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), fome, pobreza, trabalho infantil, casamento forçado, falta de segurança e saneamento básico são algumas das principais barreiras que impedem 62 milhões de meninas de frequentar a escola diariamente. Em 2021, um relatório da Organização Internacional do Trabalho, Walk Free e Organização Internacional para as Migrações apontou que 50 milhões de pessoas no mundo viviam em situação de escravização moderna.

Conheça jovens ativistas que estão envolvidos com essa causa:

Malala YousafzaiCrédito: Vinicius de Oliveira

Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas. A educação é a única solução, a educação em primeiro lugar.”

Malala é uma jovem paquistanesa que, desde muito nova, ficou conhecida por seu ativismo em favor da educação das meninas no distrito de Swat, dominado pelo grupo extremista Taleban. Com o pseudônimo Gulmakai, ela escrevia em um blog da BBC e por lá denunciou o fechamento de 150 escolas e a destruição de outras cinco pela milícia radical.

Meninas eram ameaçadas de morte e muitas tiveram que deixar suas casas. Em outubro de 2012, as ameaças se materializaram e Malala foi baleada quando voltava para casa, na cidade de Mingora. Homens armados pararam a van escolar e um deles perguntou quem era Malala. Ao se identificar, foi atingida na cabeça.

Em 2013, em homenagem à sua luta pela equidade na educação, a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 12 de julho como o Dia de Malala (Malala Day). Mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Malala esteve no Brasil em 2018, para apoiar projetos que promovem a educação de meninas no país, entre eles o Malala Fund, criado por ela para apoiar ativistas e educadores. “Meu objetivo era vir aqui para investir no Brasil, trabalhando junto com todos os defensores da educação com a esperança que um dia todo mundo desperte e cada menina tenha acesso à educação de qualidade, realize seus sonhos e se torne médica, engenheira, líder e não se torne vulnerável, alvo de discriminação ou vítima de tráfico de criança”, afirmou.

Felipe Caetano, jovem ativista pelos direitos humanosArquivo pessoal

“A participação da juventude é urgente. A partir do momento em que o jovem decide fazer parte da criação e implementação de políticas públicas, ele se torna conhecedor dos seus direitos e passa a reivindicar por eles.”

Aos 8 anos, Felipe Caetano ainda não sabia, mas fazia parte da triste estatística com mais de 2,2 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no país. Na praia em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza (CE), recolhia latinhas e garrafas para revender e atendia os turistas como garçom de barracas. Mas, aos 12 anos, uma oficina no NUCA (Núcleo de Cidadania dos Adolescentes), projeto apoiado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), mudou de vez sua trajetória. Ali, descobriu que trabalhar na infância é uma violação de direitos.

Mergulhou nos estudos e decidiu militar pela causa. Em 2015, bateu à porta do Ministério Público do Trabalho para entender como poderia agir de maneira efetiva, e ajudar a conscientizar as famílias das crianças que via trabalhando na cidade. Junto com procurador Antonio de Oliveira Lima, ajudou a criar o Conapeti (Comitê Nacional de Adolescentes na Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil). E não mais parou.

Há dois anos, Felipe foi um dos homenageados pela campanha dos 75 anos do Unicef, do qual foi embaixador. Ingressou no curso de direito da UFC (Universidade Federal do Ceará) e atualmente coordena um grupo de estudos sobre trabalho infantil e aprendizagem no Núcleo de Estudos Aplicados Direito, Infância e Justiça (Nudijus). Também integra a Rede Peteca, que promove ações de promoção dos direitos da criança e do adolescente a partir da erradicação do trabalho infantil.

Redução de desigualdades 

No mundo, 1,3 bilhão de pessoas vivem na pobreza. Dados do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) apontam que grupos étnicos e mulheres são os mais afetados por essa condição. A redução de desigualdades é uma agenda global urgente, representada inclusive pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 10, que entre outros pontos, chama atenção para a redução das desigualdades de renda, inclusão social, econômica e política, garantia de oportunidades iguais e fim da discriminação. 

Conheça jovens ativistas que estão envolvidos com essa causa:

Beatriz Diniz, ativista socialArquivo pessoal/LinkedIn/Reprodução

“Precisamos trabalhar muito para sermos ouvidas.”

Depois de vivenciar uma experiência de opressão e de machismo no colégio militar onde estudou, Beatriz Diniz se conectou com outras jovens para promover a equidade de gênero. No clube Girl Up Elza Soares, localizado no Rio de Janeiro, elas se conectaram com a questão da pobreza menstrual no início da pandemia de Covid-19, quando se deram conta de que a cesta básica não incluía absorventes por serem considerados itens cosméticos.

Para enfrentar o problema, as jovens começaram uma campanha de arrecadação junto a familiares, amigos, vizinhos e professores. Porém, logo perceberam que a ação não era sustentável. “Começamos a nos perguntar: Por que não mudamos a Lei que categoriza o absorvente? Por que não é um item essencial?”, disse Beatriz em entrevista ao portal da Ashoka. Um ano depois, o grupo conquistou a aprovação e sanção da Lei 8924/2020 no estado do Rio de Janeiro, que inclui o absorvente higiênico feminino nas cestas básicas.

Jeremiah Thoronka, eleito melhor estudante do mundo em 2021Varkey Foundation/Divulgação

“Quero fazer tudo ao meu alcance para contribuir com o esforço global contra as mudanças climáticas.”

Nascido durante a Guerra Civil em Serra Leoa, Jeremiah viveu as dificuldades de uma infância e adolescência sem energia elétrica em casa. Todos os dias, a partir das 18h, seu bairro na periferia de Freetown (capital do país) enfrentava a escuridão total. Os moradores tinham de queimar carvão e madeira para conseguir iluminação e aquecimento.

Jeremiah conheceu a eletricidade de perto aos 10 anos, quando ganhou uma bolsa de estudos em uma das melhores escolas da região. Já na universidade, criou um sistema de energia cinética baseado exclusivamente no movimento dos pedestres para criar uma corrente de energia limpa e hoje sonha em levar energia elétrica aos vizinhos, de maneira sustentável e acessível.

O impacto da iniciativa lhe rendeu o prêmio de melhor estudante do mundo em 2021: o jovem concorreu com mais de 3 mil projetos de 97 países e ganhou o primeiro lugar do Global Student Prize, da Fundação Varkey em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).


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educação antirracista, educação democrática, equidade

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