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Por Karolini Bandeira — Brasília

Desde 5 de abril, 368 jovens foram presos ou apreendidos, no caso de adolescentes, por ameaçar ou arquitetar ataques a escolas pelas redes sociais, seja em grupos ou individualmente. Os números são da Operação Escola Segura, uma parceria entre o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e 27 delegacias especializadas em crimes cibernéticos.

Além disso, 1.595 jovens suspeitos de integrarem grupos extremistas sobre ataques a escolas em redes sociais foram conduzidos às delegacias para prestar depoimento durante o período, e 2.830 casos de ameaças individuais estão sob investigação.

Em abril, o Ministério da Justiça disponibilizou um canal exclusivo para recebimento de denúncias sobre possíveis atos criminosos nas escolas do país. A plataforma centraliza as informações e há incentivo para que as comunicações sejam feitas, o que explica os números que vieram a público. Todas as denúncias são anônimas, e os dados enviados são mantidos sob sigilo.

A Escola Segura integra um pacote de medidas do governo federal para combater a violência nas escolas e foi deflagrada logo após o ataque a uma creche em Blumenau (SC) que deixou quatro crianças mortas e outras cinco feridas, em 5 de abril. A operação monitora conteúdos de incitação a ataques a escolas nas redes e não tem prazo para ser encerrada.

Segundo o Ministério da Justiça, em pouco mais de dois meses, os agentes também realizaram 368 buscas e apreensões de armas letais, não-letais e artefatos que sugerem ligação com grupos extremistas, sobretudo nazistas e neonazistas.

Os policiais também enviaram às empresas de redes sociais 901 pedidos de remoção ou preservação de conteúdo que incitem ou façam apologia a crimes. Ao todo, há 4.253 policiais envolvidos no trabalho.

“O Ciberlab e a Coordenação-Geral de Inteligência do MJSP, juntamente com Delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras, continuam monitorando ameaças na internet relacionadas a possíveis ataques em escolas. Além disso, centenas de profissionais de Segurança Pública de diversas Agências de Inteligência e Delegacias de Polícia, de forma integrada, realizaram múltiplas ações relacionadas ao tema”, diz a pasta em nota.

Segunda vítima do ataque a tiros no Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé (PR), o jovem Luan Augusto, 16, morreu na madrugada desta terça-feira no Hospital Universitário de Londrina (HU). Além de Luan, Karoline Verri Alves, 17, que era namorada dele, morreu a tiros no ataque, nessa segunda. O autor do crime, um ex-aluno de 21 anos, entrou na escola pouco antes das 9h dizendo que queria uma cópia de seu histórico escolar.

Enquanto esperava pelos documentos na direção do colégio, ele teria pedido para ir ao banheiro, mas, na verdade, seguiu em direção ao pátio. Ele carregava uma mochila, onde teria levado a arma do crime. No local, ele atirou pelo menos 12 vezes contra os alunos que estavam no local.

O autor do ataque foi imobilizado por Joel de Oliveira, de 62 anos, que trabalha próximo à escola e relatou ter ouvido barulhos de tiro, e preso pela polícia.

Além do autor do crime, duas pessoas foram presas pelas autoridades sob a suspeita de terem ajudado o criminoso. Uma delas é um homem, também de 21 anos, e a outra um adolescente.

Conteúdos extremistas nas redes

Após o país registrar dois ataques a escolas no intervalo de dez dias entre o final de março e o início de abril, o governo federal intensificou o discurso de que é preciso conter conteúdos que disseminam violência nas redes sociais passou a cobrar empresas responsáveis pelas plataformas, como Telegram, Twitter e TikTok, medidas de prevenção e combate a esse tipo de publicação, uma vez que as plataformas servem como local para incentivo a ataques.

Também foi criado um grupo interministerial para enfrentar o tema da violência nas escolas como reação aos ataques e ameaças que ocorreram em instituições de ensino nos últimos anos. O grupo vai concluir os trabalhos em 90 dias, quando apresentará uma Política Nacional de Enfrentamento à violência nas escolas. Os membros da força-tarefa se reúnem semanalmente para definir as diretrizes que serão adotadas pelo governo.

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