Deputado do PL distorce texto e diz que reforma tributária inclui ‘ideologia de gênero’


Trecho citado pelo parlamentar trata da devolução do imposto para pessoas físicas com o objetivo de ‘reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça’

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou, no plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 6, que a “esquerda” incluiu “ideologia de gênero” no texto da reforma tributária. O parlamentar distorceu o trecho que prevê possibilidades de devolução do imposto (cashback) para pessoas físicas com o objetivo de “reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”.

A previsão está em inciso do artigo 156, que estabelece “hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”. A iniciativa também consta em emenda sugerida por Marcelo Freixo, enquanto era deputado federal pelo Rio de Janeiro, a qual propõe que o governo utilize os tributos para investir no combate à diferença entre gêneros.

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“Para piorar, eles acrescentam no texto ‘ideologia de gênero’. Não é brincadeira, eles conseguiram colocar dentro do texto ‘ideologia de gênero’. O gênero vai poder ter ressarcimentos de cashback acima de outras pessoas. Como que eles conseguem?”, questionou o deputado.

Gustavo Gayer em discurso na Câmara dos Deputados Foto: DIV

Impulsionada por discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “ideologia de gênero” é uma teoria embasada por grupos conservadores que afirmam que a esquerda pretende utilizar o sistema educacional para “corromper” crianças no ensino de questões sexuais. Os defensores do termo também se dizem contrários aos direitos de igualdade de gênero e de inclusão da comunidade LGBTQIA+.

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Gayer também relacionou a votação da reforma com a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ditadura na Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. “Como que isso pode ser aprovado? Retirar o poder dos governadores e dos prefeitos e dar o poder na mão de um cara que foi ‘descondenado’, que tava andando com Maduro até semana passada, que estava em uma reunião com comunistas?”, disse.

A reportagem entrou em contato com Gustavo Gayer, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Deputado é acusado de racismo

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O pronunciamento desta quinta-feira não é a primeira controvérsia envolvendo o deputado goiano nos últimos dias. No último dia 23, Gayer relacionou, em um podcast, a existência de ditaduras em países da África à falta de “capacidade cognitiva” da população, e disse que o “Brasil está emburrecido” e “segue o mesmo caminho das nações africanas”.

“Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender o bom e o ruim e o certo e o errado. Então, tentaram fazer democracia na África várias vezes. Mas o que acontece? Um ditador toma conta de tudo e o povo ‘êêê’. O Brasil está desse jeito, o Lula chegou na Presidência e o povo ‘êê, picanha e cerveja”, afirmou Gayer.

O pronunciamento gerou um pedido de cassação do mandato dele protocolado pelas deputadas Duda Salabert (PDT-MG) e Tabata Amaral (PSB-SP), que acusam o deputado de racismo. Nesta última segunda-feira, 3, a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou uma queixa-crime contra Gayer e pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o parlamentar.

BRASÍLIA – O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou, no plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 6, que a “esquerda” incluiu “ideologia de gênero” no texto da reforma tributária. O parlamentar distorceu o trecho que prevê possibilidades de devolução do imposto (cashback) para pessoas físicas com o objetivo de “reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”.

A previsão está em inciso do artigo 156, que estabelece “hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”. A iniciativa também consta em emenda sugerida por Marcelo Freixo, enquanto era deputado federal pelo Rio de Janeiro, a qual propõe que o governo utilize os tributos para investir no combate à diferença entre gêneros.

“Para piorar, eles acrescentam no texto ‘ideologia de gênero’. Não é brincadeira, eles conseguiram colocar dentro do texto ‘ideologia de gênero’. O gênero vai poder ter ressarcimentos de cashback acima de outras pessoas. Como que eles conseguem?”, questionou o deputado.

Gustavo Gayer em discurso na Câmara dos Deputados Foto: DIV

Impulsionada por discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “ideologia de gênero” é uma teoria embasada por grupos conservadores que afirmam que a esquerda pretende utilizar o sistema educacional para “corromper” crianças no ensino de questões sexuais. Os defensores do termo também se dizem contrários aos direitos de igualdade de gênero e de inclusão da comunidade LGBTQIA+.

Gayer também relacionou a votação da reforma com a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ditadura na Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. “Como que isso pode ser aprovado? Retirar o poder dos governadores e dos prefeitos e dar o poder na mão de um cara que foi ‘descondenado’, que tava andando com Maduro até semana passada, que estava em uma reunião com comunistas?”, disse.

A reportagem entrou em contato com Gustavo Gayer, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Deputado é acusado de racismo

O pronunciamento desta quinta-feira não é a primeira controvérsia envolvendo o deputado goiano nos últimos dias. No último dia 23, Gayer relacionou, em um podcast, a existência de ditaduras em países da África à falta de “capacidade cognitiva” da população, e disse que o “Brasil está emburrecido” e “segue o mesmo caminho das nações africanas”.

“Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender o bom e o ruim e o certo e o errado. Então, tentaram fazer democracia na África várias vezes. Mas o que acontece? Um ditador toma conta de tudo e o povo ‘êêê’. O Brasil está desse jeito, o Lula chegou na Presidência e o povo ‘êê, picanha e cerveja”, afirmou Gayer.

O pronunciamento gerou um pedido de cassação do mandato dele protocolado pelas deputadas Duda Salabert (PDT-MG) e Tabata Amaral (PSB-SP), que acusam o deputado de racismo. Nesta última segunda-feira, 3, a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou uma queixa-crime contra Gayer e pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o parlamentar.

BRASÍLIA – O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou, no plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 6, que a “esquerda” incluiu “ideologia de gênero” no texto da reforma tributária. O parlamentar distorceu o trecho que prevê possibilidades de devolução do imposto (cashback) para pessoas físicas com o objetivo de “reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”.

A previsão está em inciso do artigo 156, que estabelece “hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”. A iniciativa também consta em emenda sugerida por Marcelo Freixo, enquanto era deputado federal pelo Rio de Janeiro, a qual propõe que o governo utilize os tributos para investir no combate à diferença entre gêneros.

“Para piorar, eles acrescentam no texto ‘ideologia de gênero’. Não é brincadeira, eles conseguiram colocar dentro do texto ‘ideologia de gênero’. O gênero vai poder ter ressarcimentos de cashback acima de outras pessoas. Como que eles conseguem?”, questionou o deputado.

Gustavo Gayer em discurso na Câmara dos Deputados Foto: DIV

Impulsionada por discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “ideologia de gênero” é uma teoria embasada por grupos conservadores que afirmam que a esquerda pretende utilizar o sistema educacional para “corromper” crianças no ensino de questões sexuais. Os defensores do termo também se dizem contrários aos direitos de igualdade de gênero e de inclusão da comunidade LGBTQIA+.

Gayer também relacionou a votação da reforma com a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ditadura na Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. “Como que isso pode ser aprovado? Retirar o poder dos governadores e dos prefeitos e dar o poder na mão de um cara que foi ‘descondenado’, que tava andando com Maduro até semana passada, que estava em uma reunião com comunistas?”, disse.

A reportagem entrou em contato com Gustavo Gayer, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Deputado é acusado de racismo

O pronunciamento desta quinta-feira não é a primeira controvérsia envolvendo o deputado goiano nos últimos dias. No último dia 23, Gayer relacionou, em um podcast, a existência de ditaduras em países da África à falta de “capacidade cognitiva” da população, e disse que o “Brasil está emburrecido” e “segue o mesmo caminho das nações africanas”.

“Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender o bom e o ruim e o certo e o errado. Então, tentaram fazer democracia na África várias vezes. Mas o que acontece? Um ditador toma conta de tudo e o povo ‘êêê’. O Brasil está desse jeito, o Lula chegou na Presidência e o povo ‘êê, picanha e cerveja”, afirmou Gayer.

O pronunciamento gerou um pedido de cassação do mandato dele protocolado pelas deputadas Duda Salabert (PDT-MG) e Tabata Amaral (PSB-SP), que acusam o deputado de racismo. Nesta última segunda-feira, 3, a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou uma queixa-crime contra Gayer e pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o parlamentar.

BRASÍLIA – O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou, no plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 6, que a “esquerda” incluiu “ideologia de gênero” no texto da reforma tributária. O parlamentar distorceu o trecho que prevê possibilidades de devolução do imposto (cashback) para pessoas físicas com o objetivo de “reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”.

A previsão está em inciso do artigo 156, que estabelece “hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”. A iniciativa também consta em emenda sugerida por Marcelo Freixo, enquanto era deputado federal pelo Rio de Janeiro, a qual propõe que o governo utilize os tributos para investir no combate à diferença entre gêneros.

“Para piorar, eles acrescentam no texto ‘ideologia de gênero’. Não é brincadeira, eles conseguiram colocar dentro do texto ‘ideologia de gênero’. O gênero vai poder ter ressarcimentos de cashback acima de outras pessoas. Como que eles conseguem?”, questionou o deputado.

Gustavo Gayer em discurso na Câmara dos Deputados Foto: DIV

Impulsionada por discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “ideologia de gênero” é uma teoria embasada por grupos conservadores que afirmam que a esquerda pretende utilizar o sistema educacional para “corromper” crianças no ensino de questões sexuais. Os defensores do termo também se dizem contrários aos direitos de igualdade de gênero e de inclusão da comunidade LGBTQIA+.

Gayer também relacionou a votação da reforma com a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ditadura na Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. “Como que isso pode ser aprovado? Retirar o poder dos governadores e dos prefeitos e dar o poder na mão de um cara que foi ‘descondenado’, que tava andando com Maduro até semana passada, que estava em uma reunião com comunistas?”, disse.

A reportagem entrou em contato com Gustavo Gayer, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Deputado é acusado de racismo

O pronunciamento desta quinta-feira não é a primeira controvérsia envolvendo o deputado goiano nos últimos dias. No último dia 23, Gayer relacionou, em um podcast, a existência de ditaduras em países da África à falta de “capacidade cognitiva” da população, e disse que o “Brasil está emburrecido” e “segue o mesmo caminho das nações africanas”.

“Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender o bom e o ruim e o certo e o errado. Então, tentaram fazer democracia na África várias vezes. Mas o que acontece? Um ditador toma conta de tudo e o povo ‘êêê’. O Brasil está desse jeito, o Lula chegou na Presidência e o povo ‘êê, picanha e cerveja”, afirmou Gayer.

O pronunciamento gerou um pedido de cassação do mandato dele protocolado pelas deputadas Duda Salabert (PDT-MG) e Tabata Amaral (PSB-SP), que acusam o deputado de racismo. Nesta última segunda-feira, 3, a Advocacia Geral da União (AGU) apresentou uma queixa-crime contra Gayer e pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o parlamentar.

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