Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

Um dia após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) ter anunciado que planeja implementar o uso de inteligência artificial (IA) na produção das aulas da rede estadual, a deputada estadual Mônica Seixas (PSOL) usou as redes sociais para ironizar o chefe do Executivo paulista. Em mensagem publicada no X (antigo Twitter), a parlamentar simulou uma pergunta ao ChatGPT sobre a presença de câmeras nos uniformes da Polícia Militar. Ao obter uma resposta favorável sobre o tema, a parlamentar afirmou que o governador deveria considerar ser substituído pela inteligência artificial.

Para a plataforma, Seixas questionou: "Você é a favor de câmeras nos uniformes dos policiais?". O ChatGPT respondeu, em seguida: "A utilização de câmeras no uniforme dos policiais pode ter benefícios significativos, como aumentar a transparência e a prestação de contas das ações policiais, além de fornecer evidências em investigações criminais e reclamações de má conduta".

O tema dos uniformes é um impasse na gestão de Tarcísio desde a sua posse, em janeiro de 2023. No início do ano, em sua última declaração acerca da questão, o governador se contradisse e afirmou que pode ampliar a presença dos equipamentos.

—A câmera corporal é um dos componentes de tecnologia que se integram ao (programa) Muralha Paulista. Então, nós vamos avaliar o uso dessas câmeras e a possibilidade até de ampliação. Isso está sendo estudado na Secretaria de Segurança Pública —disse Tarcísio em coletiva de imprensa.

Durante a campanha de 2022, o então candidato afirmou que iria retirar as câmeras dos agentes em exercício. Próximo ao pleito, contudo, voltou atrás e desagradou aliados bolsonaristas. No ano passado, seu governo conseguiu uma decisão judicial que desobriga câmeras corporais nas nas operações após a morte de um ou mais agentes.

Aulas com inteligência artificial

O governo de São Paulo anunciou ontem a implementação da tecnologia na produção de aulas digitais. Os testes terão início no final de julho e serão destinados às turmas do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.

Segundo a Secretaria de Educação, a iniciativa terá o intuito de aprimorar aulas já produzidas e o conteúdo será avaliado por professores. Em coletiva de imprensa, o governador defendeu o projeto:

— Nada vai substituir o papel do professor. Até porque a responsabilidade dentro de sala de aula é o professor. No fim das contas, quem sabe o que vai ministrar é o professor. Você pode usar uma ferramenta que vai facilitar o esforço inicial, mas isso vai passar pela revisão, olhar e inteligência do professor — disse Tarcísio.

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