O Enem foi mantido para novembro, mesmo diante da crise do coronavírus — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com uma ação cível pública nesta quinta-feira (16) contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pedindo para que o calendário do Exame Nacional do Ensino médio (Enem) seja readequado com novas datas conforme a evolução da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Procurado pelo G1 o Ministério da Educação (Mec) não se manifestou sobre a ação até a publicação desta reportagem.

Na ação, a Defensoria afirma que o exame não se adequou à nova realidade brasileira e manter a data de realização para outubro deste ano pode ser prejudicial aos estudantes já que diversas escolas públicas e particulares suspenderam as aulas por tempo indeterminado.

Ainda como justificativa, a Defensoria afirmou que a recomendação de que os alunos devem continuar os estudos de forma virtual não condiz com a realidade.

"De acordo com os dados colhidos pelo TIC Educação 2018 e pelo TIC Domicílios 2018, sabe-se que as condições de ensino à distância para os estudantes brasileiros são desiguais. Afinal, 30% da população não possui acesso à internet, assim como 43% das escolas rurais. Além disso, cabe ressaltar que nem todos os alunos possuem livros didáticos e materiais de estudo em casa e devido a orientações médicas e sanitárias, bibliotecas foram fechadas, dificultando ainda mais o acesso a materiais didáticos e a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)".

De acordo com o calendário atual, sexta (17) é o último dia para a solicitação de isenção da taxa de inscrição. Para os alunos que irão participar da aplicação do Enem Digital, as provas estão agendadas para os dias 11 e 18 de outubro, já a prova presencial está marcada para dia 1 e 8 de novembro de 2020.

Estudantes se preparam para Enem com aulas pela internet

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