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Débora Garofalo

A hora e a vez de priorizarmos a educação

23/09/2020 04h00

Na última semana, vimos avanços no IDEB (índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) principalmente no que tange a rede pública de ensino, (dados do IBGE demonstra que 85,7% dos estudantes pertencem às redes públicas de ensino) e a categoria Ensino Médio. No entanto, é preciso destacar que estamos vivemos um momento complexo a educação, com a pandemia e a educação emergencial com aulas mediada por tecnologia, em que alguns Estados se preparam para o retorno presencial ainda neste ano acompanhados da decisão da saúde, outros planejam somente um retorno para o próximo ano.

A decisão do retorno das aulas presenciais precisa ser tomada pela saúde, respeitando todos os cuidados e protocolos e necessários e as especificidades da pandemia dentro do território brasileiro. A especialista Dra. Margareth Dalcomo da Fiocruz, em entrevista a GloboNews, afirma que não pode ser uma decisão generalizada, que e é preciso olhar escola a escola.

Aprendizados na pandemia

Após seis meses de quarentena podemos tirar algumas lições importantes, como nada substitui uma aula presencial dentro da aula, a tecnologia pode ser aliada ao aprendizado, desde que dadas as condições se chegar a todos e que será necessário um esforço e um planejamento para recuperação que deverá ser estender para o ano de 2021 para não retroceder aos avanços conquistados e principalmente não deixar nenhum estudante para trás.

E que este é um momento propício para repensarmos e recriamos caminhos a Educação! Não podemos ignorar o aprendizado que estamos tendo.

A hora e a vez de priorizar a Educação

Com tantos desafios, chegou a hora e a vez de priorizar a Educação! Chegou o momento de não cometermos erros do passado e priorizarmos a educação enquanto sociedade, a única arma que temos para transformar a vida de crianças e jovens!

Há pouco tempo tivemos a aprovação do Novo FUNDEB que gera recursos a educação de maneira permanente, mas é preciso sua regulamentação, e mais é preciso um plano nacional para que conectividade e infraestrutura como aparatos tecnológicos estejam nas escolas. Não é o momento de termos cortes na pasta da Educação, muito pelo contrário, é momento de investirmos!

Adequações necessárias para um mundo em cada vez mais falamos de Educação 4.0, sociedade 5.0 em que nossos jovens precisam ter a oportunidade de vivenciar nas escolas. Falar de ensino de programação, robótica, cultura maker, inteligência artificial, aprendizagem criativa, não deve ser para poucos, mas para todos e deve integrar o currículo pelo benefício oferecido.

Além dos caminhos apontados acima, outros já foram debatidos e apontados por diversos especialistas e entre eles estão - valorizar a carreira docente, reformar o ensino superior dos futuros professores com uma residência pedagógica, promover formação em serviço para além das tecnologias e que envolvam metodologias e novas maneiras de abordar o ensino, entre outros.

Mesmo diante do desafio da pandemia que exigiu de vivenciarmos um ensino remoto, é possível planejar, observar e dar atenção aos estudantes que mais necessita. Por outro lado, é necessário apoiar professores, ouvi-los sobre saúde mental e dar suporte para superar doenças como síndrome de burnout, assim, como estender esse apoio a profissionais que estão lidando com educação.

Não é somente lidar com a pandemia, é lidar com todos os desafios que ela traz a educação, agravada pela falta de um convívio social e de uma rotina escolar com atividades na escola. A chave para o sucesso de uma educação da transformadora está nas pessoas. As pessoas são o centro do processo de aprendizagem e mais do que nunca chegou o momento de priorizarmos a educação para que as pessoas possam ser o centro e para que possamos avançar.

Um abraço e até a próxima semana.