De Boa no Enem 2022

Por G1 RN


Guilherme Ohana, de 17 anos, aproveita parte das horas livres cozinhando — Foto: Arquivo pessoal

É na cozinha de casa que Guilherme Ohana, de 17 anos, aproveita parte das horas livres. Em tempos de pandemia, pilotar o fogão virou rotina e tornou-se uma das atividades prediletas do estudante, que sonha em cursar Educação Física na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). No menu, sobremesas que já caíram no gosto da família como torta alemã e o tradicional pudim. “Eu gosto de cozinhar. De vez em quando, pesquiso algumas receitas e faço os doces em casa”, conta o adolescente.

A alquimia que acontece na cozinha de Guilherme também é uma forma de desopilar da rotina de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Acredito que não adianta estudar 24 horas por dia ou não estudar nada. Ter tempo para fazer o que se gosta, além de ler e revisar conteúdos, também é importante. Equilíbrio é tudo”, pondera.

A opinião de Guilherme é referendada por especialistas. Definido como ócio criativo, saber conciliar estudos e lazer de forma equilibrada, pode combater a tensão pré-provas, melhorar o aprendizado, estimular novas ideias e garantir que o candidato atinja resultados promissores. Para a coordenadora do curso de Administração da Universidade Potiguar (UnP), Adeliane Marques Soares, o estudante deve, antes de tudo, questionar-se sobre qual o objetivo com os estudos e quais têm sido as ferramentas e técnicas utilizadas para potencializar o aprendizado.

Coordenadora do curso de Administração da Universidade Potiguar (UnP), Adeliane Marques Soares — Foto: Arquivo pessoal

“Se não existe resposta ou ela não está definida com clareza, é preciso mudar a organização dos estudos para evitar a sensação de que estudar é cansativo e de que não se consegue enxergar resultados depois de horas estudando. É necessário direcionar corretamente os esforços para que o aprendizado seja potencializado e não o contrário, de ter que privar-se do momento de lazer em detrimento aos estudos. Portanto, saber o objetivo e utilizar metodologias de ensino que maximizem o conhecimento fazem com que as decisões não se tornem cansativas”, explica.

Com o auxílio da coordenação escolar, a estudante Maria Luiza Gomes, de 18 anos, montou uma planilha com horários de estudos. Segundo ela, essa foi a solução encontrada para não privá-la do lazer nas horas vagas, especialmente neste período de pandemia, e não tornar a rotina preparatória para o Enem exaustiva. “Nos períodos livres, busco ver filmes e séries, faço academia e aproveito ao máximo os momentos com as pessoas que eu gosto”, diz. Para se dar bem no Enem, a adolescente também criou para si uma estratégia que tornou a rotina mais eficiente. “Estabeleci metas diárias de resoluções de questões e isso me ajuda muito a manter-me motivada”, acrescenta Maria Luiza, que pretende cursar Odontologia.

“É fundamental gerenciar o tempo. Desenvolver um quadro de horários pode encorajar os candidatos. Esse processo facilita quais conteúdos devem ser priorizados para estudo e quais momentos serão dedicados ao lazer. Também é importante ter foco no planejamento estabelecido, organizar o ambiente de estudo, realizar pausas regulares, fazer exercícios físicos, ter uma bola alimentação e utilizar as ferramentas tecnológicas a favor pessoal”, recomenda Adeliane Marques Soares.

Com o auxílio da coordenação escolar, a estudante Maria Luiza Gomes, de 18 anos, montou uma planilha com horários de estudos — Foto: Arquivo pessoal

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