Curso inédito busca tornar o ensino da matemática mais inclusivo e antirracista

Por: Fundação Itaú| Notícias| 17/03/2025

Formação explora como a abordagem antirracista no ensino da matemática pode melhorar a aprendizagem dos estudantes

A Fundação Itaú lança o curso “Matemática Antirracista”, voltado para professores que ensinam a disciplina nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e foi desenvolvido com o objetivo de promover práticas pedagógicas diversificadas para o ensino da matemática, que potencializam a aprendizagem dos estudantes. Para isso, o professor vai compreender as diversas contribuições da população africana para a matemática e refletir sobre como incorporá-las em atividades relacionadas a números, medidas e outras unidades temáticas presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“A população africana é responsável pela construção de tesouros arquitetônicos da humanidade, como as pirâmides, que exigiam cálculos complexos para suas construções, e que foram desenvolvidas pelos egípcios. Também faz parte do legado de povos orientais o sistema de numeração indo-arábico de contagem de 0 a 9, numeração que usamos até hoje, além de contribuições sobre uso de cálculos numéricos que impulsionaram o comércio desde a Antiguidade”, explica Sonia Dias, gerente de Desenvolvimento e Soluções do Itaú Social.

O curso de Matemática Antirracista destaca a importância de diversificar as estratégias de ensino da disciplina ao incorporar conhecimentos e práticas de diferentes povos e contextos socioculturais, como os de origem africana, aproximando-as do cotidiano dos estudantes e de suas realidades. Ao valorizar contribuições que vão além das perspectivas europeias, promove-se um aprendizado mais significativo e inclusivo, apoiando a diversidade como um recurso pedagógico essencial. Além disso, esta abordagem enfatiza o papel social da matemática como uma ferramenta de desenvolvimento, mobilidade social e fortalecimento econômico, contribuindo para a formação de indivíduos críticos e engajados em suas comunidades.

A formação é dividida em blocos que abordam desde o reconhecimento da matemática como construção social até propostas pedagógicas para cada etapa dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Trata-se de uma jornada de aprendizagem que combina teoria e prática, incentivando os participantes a revisarem suas percepções e a desenvolverem novas formas de ensino que dialoguem com as realidades de seus alunos.

“A ‘Matemática Antirracista’ nasceu da necessidade de desmistificar a ideia de que a matemática é neutra. Queremos que os educadores percebam como ela pode ser usada para empoderar comunidades e enfrentar desigualdades históricas”, destaca Daniel Lima, autor do curso e professor no CAp -UERJ, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro e do Programa de Pós-graduação em Relações Étnico-Raciais no CEFET-RJ.

A formação está disponível gratuitamente no site da Escola Fundação Itaú e pode ser acessada por educadores de todo o Brasil. Com carga horária de dez horas, o curso é ideal para quem busca inovar na prática pedagógica e contribuir para uma educação mais justa e inclusiva. Para iniciar a formação, acesse https://fundacaoitau.org.br/escola/autoformativos/matematica-antirracista.

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