Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio


Prefeito do Rio, Marcelo Crivella, fala sobre a crise

Prefeito do Rio, Marcelo Crivella, fala sobre a crise

Os servidores da prefeitura do Rio podem não receber seus salários a partir do mês de setembro. A informação dada pelo Jornal Extra foi confirmada ao G1 na manhã desta terça-feira (25) pelo prefeito Marcelo Crivella.

"Estamos enfrentando uma crise imensa, a maior dos últimos 30 anos. Precisamos renegociar nossas dívidas para não atrasar o salário dos servidores. Se isso não acontecer, em setembro não teremos mais caixa para os salários", disse o prefeito enfocando que suas prioridades são os pagamentos de salários, melhora na saúde e garantia da merenda escolar.

A prefeitura já está atrasando repasses para empresas que prestam serviços na área de segurança para Riotur. Vigilantes que cuidam em áreas turísticas da cidade como Sambódromo e Monumento a Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo, estão sem receber salários há três meses.

Outro indicativo de crise é a situação do Fundo de Previdência dos Servidores da Prefeitura do Rio (Funprevi). Como mostrou o RJTV desta segunda-feira (24), arrecadação do fundo não consegue quitar nem a metade das despesas com aposentadorias e pensões. Para melhorar a situação, o município propôs mudanças para diminuir os gastos e aumentar as receitas.

O presidente do PreviRio, Luiz Alfredo Salomão, afirmou que o cofre do fundo está contabilmente comprometido até 2018. A PreviRio é o Instituto de Assistência e Previdência do município do Rio que administra o Funprevi.

Rombo

Em fevereiro, o secretário de educação, esporte e lazer, César Benjamin, disse que o rombo de R$ 4 bilhões da Prefeitura não afetaria o salário de professores. Segundo ele, desse valor R$ 500 milhões correspondem somente a gastos da pasta. Benjamin disse que os valores deveriam ter sido pagos pela gestão de Eduardo Paes e não estavam previstos no orçamento de Crivella.

Crivella precisa renegociar as dívidas da prefeitura com o BNDES e Caixa Econômica para que os salários não atrasem. Os pagamentos dos empréstimos contraídos pelas obras das Olimpíadas aumentaram consideravelmente desde o mês de agosto, em relação aos anos anteriores. Além disso, muitas clínicas da família e escolas inauguradas em 2016 que aumentaram as despesas de custeio.

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