Criminosos fizeram um arrastão dentro de uma escola estadual enquanto cerca de 300 alunos faziam provas, na segunda-feira (27), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De acordo com a direção da unidade, o grupo levou sacos cheios de celulares, joias, e até roupas e calçados dos alunos e professores. A Polícia Militar foi até o local e registrou ocorrência.
O assalto aconteceu por volta das 21h de segunda-feira Colégio Estadual José Alves de Assis, no Setor dos Afonsos. Segundo a diretora da instituição, a professora Neila Helena Gomes dos Santos, os criminosos pularam o muro que fica nos fundos da escola. Ela contou que eles entraram pelo corredor que dá acesso às salas de aula e começaram abordando os professores e, em seguida, os alunos.
A diretora conta que o grupo estava armado e agia com violência. Depois do assalto, as provas foram suspensas e os alunos dispensados. "É um fato novo. Algo inédito, que a gente nunca viu acontecer. Realmente uma audácia. Nós percebemos que não tínhamos condições de conduzir as avaliações. Nós recolhemos as provas para aplicar posteriormente e dispensamos os alunos, porque fica um clima incompatível com a aula”, disse.
Segundo a professora, os alunos estavam realizando as avaliações bimestrais quando foram abordados. Ela conta que, após roubar os professores, os criminosos passaram, de mesa em mesa, abordando os estudantes e roubando pertences.
De acordo com a direção da escola, um segurança fazia a vigilância da unidade no momento do arrastão. Conforme a professora, a unidade é equipada com câmeras de segurança, mas há menos de uma semana todos os cabos dos equipamentos virados para as salas de aula foram cortados por vândalos.
Em nota, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que “a direção da escola tomou todas as providências cabíveis ao caso, contatando a polícia logo em seguida”.
O órgão disse ainda que “já solicitou à Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) o reforço do policiamento na região”. Conforme nota da Seduce, a ação dos criminosos “não se trata de um fato isolado, mas um reflexo da violência que ocorre fora dos muros da escola não apenas em Goiás”.