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Por Jornal Nacional


Cresce o interesse dos adolescentes para votar nesta eleição

Cresce o interesse dos adolescentes para votar nesta eleição

Um certo grupo de eleitores tem chamado atenção nessa eleição.

Foi uma decisão pessoal, porque o voto não é obrigatório para eles.

“Eu acredito que, um tempo atrás, era mais uma obrigação o voto. Quando você faz 18 anos, vou ter que ir lá votar. É um fardo”, diz Ana Carolyne Costa, de 16 anos.

Para 2,1 milhões jovens com menos de 18 anos que decidiram votar pela primeira vez este ano, não é mesmo um fardo.

“Um voto faz a diferença e isso pode mudar o futuro do nosso país”, afirma Sabrina Germano, de 16 anos.

Decidir o voto, escolher os candidatos. O que eles esperam? Como vão acompanhar os eleitos? Estão otimistas? Com a palavra... eles. Hamilton, Gustavo, Ana Beatriz, Luiza; estudantes.

O cientista político Thiago Trindade entrou na roda para acompanhar a discussão.

“Primeiramente, é uma responsabilidade coletiva, e eu realmente anseio por fazer parte desse processo democrático. Acho que a gente precisa valorizá-lo. Acho que o voto é uma maneira muito justa de se fazer isso”, diz Luiza Nodari Neves, de 17 anos.

“A vontade de poder participar das decisões do país, de ter a oportunidade de poder escolher o meu futuro e o futuro do país, é uma decisão muito importante. É algo extremamente crucial para democracia do Brasil”, defende Hamilton Torres, de 16.

“Votar é um ato de gratidão por aqueles que lutaram por esse direito”, ressalta Gustavo Washington Teixeira, de 16.

E, como eles sabem, todos os cargos em disputa são importantes.

"Ultimamente o povo está muito centrado na escolha do presidente, e cai na real que tem que votar em deputado, governador, só no final das eleições. Não acaba decidindo ou pesquisando direito sobre os candidatos”, destaca Ana Beatriz Pacheco Lopes, de 17.

E contam quais assuntos são mais urgentes para eles, o que esperam dos eleitos.

“Que eles olhem com mais cuidado para a educação e a segurança. Enquanto muitas escolas estão tendo muitas oportunidades, outras acabam não tendo. Não tendo o básico, não tendo aulas de verdade”, diz Gustavo.

“Investir na educação também é investir no futuro. Acho que a questão da segurança e também dos grupos minoritários, porque a gente esses grupos serem atacados violentamente no nosso país”, afirma Gustavo.

“Não tem como ter representatividade se não tem diversidade”, destaca Luiza.

E não é só eleger. Depois da eleição, eles vão fiscalizar, cobrar.

“Não importa se é o seu candidato, ele comete erros. Você não pode simplesmente se alienar para o que ele faz e aceitar tudo. Você tem, sim, que estar em cima, tem sim que estar, de certa forma, cobrando", diz Ana Beatriz.

“Porque eleger é fácil, beleza. Eu vou lá, aperto um botãozinho, volto para minha casa e espero quatro anos para fazer isso de novo. E na verdade a gente precisa participar de forma ativa da nossa sociedade”, ressalta Gustavo.

É uma geração que quer votar e vem para derrubar preconceitos.

“Contraria um pouco aquela ideia, que é um pouco senso comum, de que ‘essa juventude é alienada, não quer saber de política e tal’. A gente não vai resolver todos os problemas pela participação política, mas a participação política ajuda a encaminhar boa parte das soluções”, explica Thiago Trindade, cientista político da UnB.

“Um cuidado das instituições com o povo e do povo com o próprio povo. É importante também entender a política, não só como uma instituição, como uma questão institucionalizada. É o cuidado com o país, é o cuidado com o futuro”, afirma Luiza.

Agora, é esperar o dia 2 de outubro.

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