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Coronavírus: 95% dos estudantes da América Latina e Caribe estão sem aulas, diz Unicef

Fundo das Nações Unidas Para a Infância lançou campanha #AprendoenCasa para compartilhar práticas educativas, de entretenimento, saúde e higiene com pais e educadores

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Por Redação
Atualização:

CIDADE DO PANAMÁ - Mais de 95% dos estudantes da América Latina e do Caribe - cerca de 154 milhões - estão sem aulas por causa do coronavírus. É o que indica o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef).

Escolas fecharam as portas em razão da crise do coronavírus. Foto: Wokandapix/Pixabay

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Em um comunicado, a Unicef informou que cerca de 90% dos centros educativos da região voltados para a primeira infância e de nível primário e secundário estão fechados em razão da pandemia. Ainda de acordo com a organização, o porcentual segue crescendo rapidamente.

"Esta é uma crise educativa sem precedentes na história da América Latina e do Caribe", afirmou Bernt Aasen, diretor da Unicef para a região.

Caso a situação se prolongue, Aasen alerta para as consequências graves para o desenvolvimento dos jovens. "Há um grande risco que os meninos e meninas fique para trás em sua curva de aprendizagem e que os alunos e alunas mais vulneráveis não voltem a comparecer às aulas", disse.

Para o diretor, é de importância vital que os alunos recorrem a todas as ferramentas e canais disponíveis, seja através de rádio, televisão, internet ou celulares, para enfrentar esse desafio. "(Tem que haver) um esforço conjunto dos Estados, do setor privado, dos pais e dos meninos e meninas".

A Unicef também vem pedindo que sejam promovidos conteúdos acessíveis, em rádio e televisão, para os jovens em risco de exclusão, sem acesso à internet, com deficiência, migrantes e de comunidades indígenas.

Neste sentido, a agência da ONU disse trabalhar junto com os governos da região e outros aliados para "desenvolver métodos flexíveis de ensino à distância com conteúdos tanto digitais, como para rádio e TV, assim como materiais de leitura e tarefas guiadas".

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Apesar das tentativas de minimizar os impactos, o fechamento das escolas afeta também o acesso a outros serviços importantes promovidos no ambiente escolar, como alimentação, recreação, atividades extracurriculares e apoio pedagógico. Serviços de saúde e de água, acesso a saneamento e higiene também ficam comprometidos.

Para tentar reduzir os danos, a Unicef está lançando nesta semana a campanha digital #AprendoenCasa. O objetivo é proporcionar às famílias e professores da América Latina e Caribe ferramentas educativas e de entretenimento gratuitas, assim como conselhos e exemplos de boas práticas de saúde e higiene./ AFP