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Conheça caraterísticas dos níveis de aprendizagem na educação a distância

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Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

05/12/2018 04h00

Quem busca conhecimento e qualificação profissional com flexibilidade de tempo, sem a necessidade de se deslocar com frequência, encontra na educação a distância (EAD) diversos níveis de aprendizagem.

Além da formação técnica, graduação e pós-graduação -- reguladas pelo MEC --, há os cursos livres, como os de línguas e preparatórios para concursos, e que têm uma alta demanda.

Já o ensino médio, recém-homologado pelo MEC para ofertar a modalidade, só deve ser implementado dois anos depois de aprovada a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Veja também:

Entenda os diferentes níveis de aprendizagem disponíveis atualmente:

Cursos técnicos

Os cursos de formação técnica são oferecidos para maiores de 16 anos que já tenham iniciado ou concluído o ensino médio. São focados na educação profissional. "Esses cursos são procurados por pessoas que buscam se profissionalizar rapidamente em uma área de atuação ou competência. Elas querem inserção rápida no mercado do trabalho", afirma Sidinei Rossi, gestor de cursos técnicos do Senac EAD.

Conforme a formação escolhida, pode haver atividades obrigatórias em sala. Um exemplo é o curso técnico de segurança do trabalho que exige aulas em laboratório no programa curricular. Já formações na área de saúde podem necessitar de cerca de 50% de carga horária presencial, segundo a ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distância). Embora parte da atividade curricular seja feita no tempo do aluno, docentes coordenam o aprendizado e há aulas com hora marcada.

Graduação

Também voltado para maiores de 16 anos com ensino médio completo, os cursos de graduação a distância atendem os estudantes que querem se desenvolver em uma área de atuação específica. "São em geral pessoas que buscam a formação superior que, no Brasil, é muito valorizada, se comparado a outros países", diz Rossi.

Como o diploma de nível superior habilita para a atuação profissional, alguns cursos podem ser semipresenciais. Dependendo da área de conhecimento, são exigidas aulas práticas em sala de aula. "É importante avaliar se a instituição possui nos seus polos a estrutura adequada exigida no curso. Engenharia é um caso", diz o gestor. Como na graduação presencial, o aprendizado é conduzido por um corpo de docentes, e o aluno precisa ter agenda para participar de videoaulas, quando necessário.

Pós-graduação

A pós-graduação a distância é destinada a quem já tem o diploma de ensino superior e quer aprimorar seus conhecimentos. "Muitos que fazem pós-graduação a distância querem se atualizar em função do trabalho que exercem, pois acabam tendo progressão na carreira ou no salário, à medida que apresentam certificado", declara o professor Nelson Boni, conselheiro da ABED.

Do mesmo modo que na graduação, alguns cursos podem exigir encontros presenciais e disponibilidade para estar conectado durante videoaulas. Segundo ele, o estudante precisa estar atento na metodologia e nos recursos que a instituição escolhida oferece. "Um curso de qualidade tem que ter videoaulas, uma boa biblioteca virtual, muito texto."

Cursos livres

A maior demanda do ensino a distância é pelos cursos livres, aqueles cuja certificação não precisa ser regulada pelo MEC, como o ensino de idiomas, conhecimentos gerais, capacitação, preparatório para concursos. Segundo o Censo EAD 2017 da ABED, foram 5,2 milhões de matrículas na modalidade no ano, contra 2,4 milhões nos cursos regulados pelo MEC em todos os níveis.

"Há uma procura muito grande, porque são curtos, e o aluno consegue aprender sem nenhuma assistência ou intermediação de tutores e professores", diz Boni. A qualidade, no entanto, vai depender da metodologia. "Entendo que o ensino a distância pode ser dado com qualidade desde que não seja só um professor falando ou só um texto numa plataforma. Tudo está em saber formatar um mix de conteúdo que seja atrativo para o aluno."