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Como ficar craque em redação até o Enem

Planejamento, adoção de metas e treino regular estão entre as dicas para atingir o objetivo
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Daqui a oito meses, quem estiver fazendo a prova do Enem vai encarar o desafio de produzir uma redação que garanta muitos pontos na nota total. Para isso, é preciso se preparar o quanto antes, dominando itens como o formato exigido para o texto e encadeamento de ideias. Além disso, ter uma bagagem cultural é fundamental para abordar o tema proposto pela banca no dia.

Para os especialistas no tema, os meses que faltam até a prova são suficientes para se preparar, mas o treinamento precisa ser intenso. Carol Mendonça, professora e criadora do portal Português para Desesperados, considera importante ter metas específicas até o Enem. A educadora indica que uma redação a cada duas semanas é um bom ritmo para o início do ano.

— Além da meta quinzenal, uma boa estratégia é usar os temas de outras disciplinas para treinar a dissertação. De cada aula de História, Biologia ou Geografia, por exemplo, podemos tirar um subtema legal e dissertar sobre ele. Assim, praticamos a redação e fixamos conteúdos úteis — explica Carol.

Considerando a importância da redação para a nota final do Enem, é fundamental fazer um bom treinamento Foto: Fotolia
Considerando a importância da redação para a nota final do Enem, é fundamental fazer um bom treinamento Foto: Fotolia

Para a etapa inicial dos estudos, Marina Sestito, coordenadora de redação do cursinho on-line Stoodi, lembra a importância de se conhecer bem a prova. Isso inclui ler o edital, analisar temas anteriores e descobrir o que o Enem quer dizer com “ texto dissertativo-argumentativo ”.

— Fica muito mais fácil escrever um bom texto quando o candidato já está acostumado a fazer redações daquele mesmo tipo. Ler o edital, praticar a escrita com propostas de outras edições e estudar o conteúdo cobrado na prova é a melhor preparação — observa Marina.

Entretanto, ao longo dos meses até novembro, o fluxo de trabalho não deve ser o mesmo. Marina Sestito divide os estudos para a redação em duas etapas: aquisição de repertório e treinamento da estrutura. Basicamente, o método consiste em expandir primeiramente os conhecimentos gerais, para em seguida produzir textos sobre os assuntos.

— A bagagem cultural é enriquecida quando o candidato tem contato com o mundo, ou seja, com jornais, revistas, filmes, conteúdo escolar e até discussões cotidianas. Já a estrutura do texto em si deve vir de um conhecimento do exame, praticando provas anteriores. Essa prática precisa ser mantida durante todo o ano — sugere Marina.

Nesse período de exercícios, Carol Mendonça aconselha os estudantes a desenvolverem a autocrítica, reconhecendo defeitos e qualidades com honestidade. Para a professora, as metas precisam estar sempre de acordo com o andamento dos estudos, por meio de testes e revisões.

— É importante consultar os resultados. Exercícios, revisões e simulados são essenciais para o aluno saber se o formato de estudo escolhido deu certo ou se exige correções. Nenhum aluno é igual ao outro, cada um tem sua estratégia — esclarece a educadora.

Em meio a conselhos sobre como se preparar para a redação desde já, as professoras afirmam encontrar informações duvidosas com frequência. Segundo Marina Sestito, há uma insistência entre candidatos em citar textos filosóficos na redação, como uma forma de demonstrar conhecimento e alavancar a nota. Apesar de reconhecer a possibilidade de eficácia no método, a educadora alerta sobre os riscos envolvidos.

— É comum ouvirmos ser preciso citar filósofos na redação. De fato, é importante trazer conteúdos de várias áreas do conhecimento, mas esse é um recurso delicado. Um bom texto é claro e coerente. Evite escrever redações que pareçam apenas uma lista de referências sem ligação entre elas. Na redação de vestibular, é melhor falar sobre o que conhecemos — garante a professora.

Já Carol Mendonça acredita que, ao contrário do senso comum, ainda é possível tirar a tão cobiçada nota 1.000 no Enem. O segredo, segundo ela, é ter mais foco no objetivo do que nos obstáculos.

— No último ano se falou muito sobre a “nota 1.000 impossível”, e até acredito que a correção está mais exigente a cada ano, mas os estudantes devem evitar perder tempo com medo e ansiedade. Nos próximos meses, um trabalho feito com disciplina e empenho pode render a nota máxima. O segredo da redação é mesmo praticar — conclui a educadora.