Como fazer

Há caminhos para tornar a escola mais inclusiva

Uma escola mais inclusiva promove que todas as pessoas estudantes possam desenvolver seu aprendizado potencializando habilidades emocionais, sociais, cognitivas e relacionais, sem deixar de lado o principal: sentirem-se pertencentes àquele espaço.

Esse senso de pertencimento é o que permite que pessoas estudantes se sintam seguras e confortáveis no ambiente escolar e garante que o aprendizado individual e coletivo seja potencializado, gerando engajamento e participação de todas as pessoas.

Não agrupe estudantes por gênero

Escolha alternativas que não reforcem estereótipos de gênero na necessidade de formação de grupos, como sorteios ou ordem alfabética. Demonstramos dessa forma que independente de gênero, todas as pessoas conseguem realizar as tarefas em conjunto.
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Use linguagem neutra

Opte ao máximo por comunicações que dialoguem de uma forma neutra. Pode ser desafiador na língua portuguesa se comunicar como se não estivéssemos falando com um grupo formado por pessoas do gênero masculino, porém existem alternativas para atingir outras identidades de gênero que não se sintam representadas desta forma. Por exemplo, substitua "os alunos" por "as pessoas alunas".
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Não seja capacitista

Não duvide de que a pessoa com deficiência seja capaz de realizar uma atividade proposta dentro ou fora da sala de aula. Assim como qualquer outra pessoa aluna, a pessoa com deficiência vai comunicar a professores e professoras quando necessitar de auxílio. Pessoas estudantes com deficiência devem ser incluídas nas escolas regulares e acolhidas de forma a entender que podem sim requerer adaptações ou acompanhamentos especializados, porém sem que isso tire sua autonomia.
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Crie cultura de acolhimento emocional e comunicação não violenta

Promova em sala de aula momentos em que se converse abertamente sobre como todo o grupo está se sentindo, inclusive o corpo docente. Torne isso uma prática, desmistificando a ideia de que sentimentos não são importantes em determinados espaços. Esses momentos geram conexão e empatia entre pessoas alunas e professoras. E empatia é a chave para um relacionamento saudável dentro e fora da sala de aula.
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Capacite a equipe para entender diferentes pautas da diversidade

Desse modo, as pessoas professoras melhor entenderão as subjetividades de estudantes plurais, saberão conduzir os ambientes e atividades para que ofereçam segurança e sejam acessíveis a todas as pessoas, que se tornarão porta-vozes e disseminadoras de práticas de inclusão dessas diversidades.
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Adapte estruturas físicas e sistemas de chamadas

Torne os ambientes inclusivos e adaptados a todas as realidades de mobilidade e acesso para pessoas com deficiência, e adapte sistemas e chamadas para que respeitem diferentes identidades de gênero que se utilizem de nome social e pronomes diferentes daqueles com os quais a pessoa aluna se matriculou.
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Olhe para a estruturação familiar

Entenda que nem todas as famílias são iguais, portanto o papel de cuidar pode ser desempenhado por outra pessoa que não "mãe" ou "pai", e adapte a sua comunicação para abranger este papel. Datas comemorativas que celebrem essa estruturação familiar heterocisnormativa devem ser substituídas por uma data de comemoração como o ?dia da família?.
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Tenha ciência dos direitos que protegem de preconceitos

Existe uma série de direitos que visa proteger as pessoas estudantes para tornar a escola mais segura. O uso do banheiro adequado à identidade de gênero com a qual a pessoa se identifica é uma delas. Isso deve ser respeitado, assim como o uso do nome social na chamada, e o respeito à realização de atividades físicas conforme o gênero com que se identifiquem.
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Promova um ensino integrado com pautas de diversidade

A sala de aula é o espaço ideal para fomentar discussões a cerca de pautas de diversidade, criando momentos em que se formem grupos de afinidades, e depois misturando estes grupos para promover a troca de vivências e o o desenvolvimento do pensamento crítico e inclusivo com relação a diferentes realidades.
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Transforme a escola em local de pertencimento para todas as pessoas

Trabalhe com datas que sejam marcos de grupos sub representados ou marginalizados para criar consciência sobre essas vivências, promovendo eventos que sejam organizados pelas próprias pessoas estudantes e que contem com a participação das famílias e demais membros da comunidade escolar
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Publicado em 02 de dezembro de 2020.
Texto: Noah Scheffel
Edição: Fernanda Schimidt