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Blog dos Colégios

Opinião|Como estratégias pedagógicas inovadoras impactam o aprendizado dos adolescentes?

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Atualização:

Por Daniella Molina*

No cotidiano das salas de aula, especialmente com jovens acima de 12 anos, é comum que tenham pouca concentração e estudo pouco sistematizado. Manter a atenção dos alunos é um desafio para os educadores. Com todas as incertezas e distrações da adolescência, existe certa apatia e desmotivação rondando as turmas. Nesse sentido, cabe às escolas promover mudanças, por meio de estratégias que tragam os estudantes de volta para o aprendizado. Para estimular os alunos muito se tem falado sobre métodos inovadores de ensino. 

 Foto: Estadão

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Há grande diversidade de práticas pedagógicas que podem estimular o desejo de aprender e reter a atenção dos alunos. Quanto mais diversas daquelas que os alunos estão acostumados, melhor se torna o engajamento dos estudantes. Mas vale reforçar que novas abordagens exigem uma modificação na dinâmica da aula.

Estratégias  de ensino são os meios disponíveis que o professor pode utilizar para atingir os objetivos que estão declarados no planejamento pedagógico. Ou seja, elas são as ferramentas de uma metodologia, aquelas que utilizam meios e atividades para ajudar na aprendizagem. Atualmente, quando se fala em inovação, a metodologia ativa logo é considerada entre os docentes. Por meio dela, entende-se que o professor é um facilitador da aprendizagem (mentor) e as atividades serão centradas no aluno. Não  em quem  ensina, mas em  quem aprende.

Para exemplificar, no Colégio Pentágono os alunos do 7º ano tiveram o desafio, nas aulas de Eletivas de Ciências Humanas, de construir um jogo em que o universo remetesse à temática histórica. Elaborar um jogo, com regras e desafios, foi uma estratégia de ensino que mobilizou os estudantes ao propor algo novo e promover interatividade. Em grupos, eles criaram diferentes propostas e os desafios eram sempre relacionados aos conteúdos explorados em aula. Depois de finalizados, eles trocavam os jogos entre si, dinâmica que serviu como avaliação do trabalho feito pelos alunos retomando uma experiência lúdica sem a mediação de telas. Jogos como "Vida de servo" e "Quem sou eu na História", criados pelos alunos, utilizaram tradições de tabuleiros e cartas para abordar a temática histórica de forma lúdica e autoral.

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Foram mobilizadas várias habilidades previstas na BNCC, entre elas: ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação; levantar hipóteses em relação à linguagem escrita para realizarem as regras e os desafios dos jogos; pesquisar e coletar dados para a ampliação do conhecimento sobre o tema.

Observamos que o objetivo do professor, de aprofundar o aprendizado sobre o tema proposto, foi alcançado, quando propôs nova estratégia de ensino que entusiasmou os alunos.

Sabemos que não há uma prática melhor que outra ou uma que seja infalível ou mesmo uma que funcione isoladamente. Depende do objetivo e da clareza sobre aonde se pretende chegar naquele momento no processo de ensino/aprendizagem. Por isso, os objetivos que norteiam as estratégias devem estar claros, tanto para professores quanto para alunos.

*Daniella Molina é Coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais da Unidade Alphaville do Colégio Pentágono

Opinião por Colégio Pentágono
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