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Inovações em Educação

Com mentoria online, plataforma apoia implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio

Faz Sentido traz infográficos, textos e vídeos para apoiar escolas e redes que desejam buscar soluções para conectar a educação aos interesses dos estudantes

por Marina Lopes / Vinícius de Oliveira ilustração relógio 26 de julho de 2019

Em um momento de implementação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e de construção de itinerários formativos para o Novo Ensino Médio, a plataforma Faz Sentido lança uma ferramenta de mentoria a distância para auxiliar professores, escolas e redes de todo o país que desejam encontrar novas soluções e promover o desenvolvimento integral dos alunos. Desenvolvida pelo Instituto Inspirare e Instituto Unibanco, em parceria com a Agência Tellus, a seção Mentoria Online oferece metodologia e ferramentas de apoio em formato de trilhas que ajudam a repensar as etapas do ensino fundamental 2 e médio.

Com a proposta de complementar a metodologia existente no site, esta nova funcionalidade explica de forma detalhada cada passo da Trilha Faz Sentido, incluindo infográficos, textos e vídeos de dois ou três minutos. “Agora temos a possibilidade de estar mais próximos de gestores de secretarias, das escolas e de seus professores. A Faz Sentido tem como objetivo não ser uma coisa nova dentro da secretaria, mas sim uma ferramenta para que a secretaria dê conta de demandas que já existem”, destaca Daniella Dolme, consultora no Tellus e líder no projeto Faz Sentido.

Os vídeos disponíveis na plataforma foram filmados em espaços educativos, como a Escola Estadual Ministro Costa Manso, de São Paulo, do Instituto Superação, de Itanhandu, e da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, de São Paulo. Viabilizados por meio de uma parceria com a Associação Congregação Santa Catarina, eles envolvem momentos diferentes da trilha, como preparação do projeto, escuta, criação em conjunto, desenvolvimento do produto e a etapa de colocar em prática.

A Faz Sentido tem como objetivo não ser uma coisa nova dentro da secretaria, mas sim uma ferramenta para que a secretaria dê conta de demandas que já existem

“No momento como esse, com adaptação para BNCC e do Novo Ensino Médio, é possível direcionar o processo para apoiar essas transições. Por exemplo, nos itinerários formativos, como fazer um processo em que você envolve os alunos para que eles participem dessa construção e se sintam representado? Faz Sentido propõe uma trilha que faz justamente isso”, explica Daniella.

Criada em 2014, a plataforma já promoveu a escuta de 33.044 estudantes e mobilizou 2.724 escolas nas cinco regiões do país. Para conectar a educação aos interesses de adolescentes, educadores percorrem trilhas formativas que funcionam como guias práticas para construir soluções em áreas como formação continuada, currículo, avaliação e certificação, práticas pedagógicas, família e comunidade, ambiente da escola e gestão.

“A trilha funciona como uma espinha dorsal para que coordenadores de escolas e redes entendam quais as ferramentas vão pegar para se apropriar, levar para a ponta para trabalhar de forma colaborativa e encontrar as melhores soluções possíveis para fazer com que essas transições aconteçam”, diz consultora no Tellus e líder no projeto.

Levantamos tantas questões relacionadas à prática pedagógica. Foi surpreende a visão crítica da criança sobre a falta de interatividade e o excesso de proibições

Na Secretaria da Educação do Estado da Bahia, a trilha da Faz Sentido teve como foco a construção do currículo. Para isso, entre outras ações, foram realizadas 80 rodas de conversa em dez territórios. “A metodologia é muito feliz porque de fato traz uma perspectiva de contemporaneidade que busca resolver problemas com todos os envolvidos, promovendo uma resolução mais eficiente e diminuindo os riscos de rejeição. As pessoas se identificam com o processo e por isso elas se engajam”, afirma a coordenadora do Ensino Médio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Jurema Brito.

A proposta de envolver diferentes atores do processo educativo na construção de soluções para transformar a escola também ganhou força em Itanhandu, no Sul de Minas Gerais. Para Joana Costa, responsável pelo fortalecimento de redes do Instituto Superação, um dos principais destaques da metodologia é entender a importância da escuta ativa. “Ela parece simples, mas é uma mudança de paradigma profunda. Levantamos tantas questões relacionadas à prática pedagógica. Foi surpreende a visão crítica da criança sobre a falta de interatividade e o excesso de proibições.”


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base nacional comum curricular, educação integral, ensino fundamental, ensino médio, tecnologia

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