Por G1 SC


Greve dos servidores municipais de São José completa 15 dias

Greve dos servidores municipais de São José completa 15 dias


A greve dos servidores da prefeitura de São José, na Grande Florianópolis, chegou ao 15º dia nesta segunda-feira (10). Apesar de a Justiça ter considerado a paralisação ilegal, o sindicato informou que deve recorrer. Algumas escolas visitadas pela reportagem do Jornal do Almoço continuavam sem aulas na manhã desta segunda.

Na quarta-feira (5), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina declarou que a greve é ilegal e determinou prazo de cinco dias para que as escolas municipais retomassem as aulas da educação infantil e ensino fundamental. No caso de descumprimento, o sindicato está sujeito a uma multa de R$ 40 mil ao dia. Além de recorrer da decisão, o sindicato informou que fará um pedido de audiência de conciliação com a prefeitura intermediada pela Justiça.

Reivindicações

A greve começou em 27 de março. Os os servidores reivindicam um aumento de 10% para 20% na gratificação paga sobre o salário-base do professor que atua em sala de aula e um plano de carreira para os professores. O aumento estava previsto em lei para pagamento parcelado, com 50% em março de 2017 e outros 50% em março de 2018, mas foi revogado pela prefeitura.

Funcionamento parcial

Apenas três das 27 turmas da escola Maria Luíza de Melo, a maior da cidade, tiveram aula. No Centro Educacional Interativo, no bairro Floresta, quatro turmas tinham aula nesta manhã. O motorista de ônibus Alexssandro Rosa precisou deixar os dois filhos aos cuidados da avó para poder trabalhar.

“Está sem colégio desde a semana passada. Agora, pego eles e levo para a casa da minha mãe”, contou Alexssandro.

Na creche Maria Minervina Soares Cunha , no bairro Ipiranga, das cinco salas, apenas duas tiveram aula. Na creche Professora Araci Olívia da Silva, no bairro Kobrasol, das nove turmas, quatro estavam em aula. O sindicato afirma que 800 professores aderiram à greve, o que representa 45% do efetivo, segundo a RBS TV.

Negociação

“Nós já tivemos mesas de negociação que não avançaram, e a categoria entende que a lei de responsabilidade fiscal seja cumprida, mas nós queremos garantias dessa lei”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José (Sintram-SJ) Marcos Aurélio dos Santos.

Em nota, a prefeitura informou que a adesão ao movimento diminuiu e que nesta segunda, apenas três creches estão paradas e 19 funcionam parcialmente. Como a greve foi declarada ilegal, o município estuda o corte do ponto dos servidores.

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