Servidores de São José fizeram mais uma assembleia nesta segunda (17) — Foto: Naim Campos/RBS TV
Os servidores de São José, na Grande Florianópolis, decidiram dar continuidade à greve que chega ao 22° dia nesta segunda-feira (17). Durante uma assembleia nesta manhã, os trabalhadores declararam à RBS TV que, se houver corte do ponto, não haverá reposição das aulas.
Apesar de a Justiça mandar suspender a greve nas escolas do município, o movimento não tem data para acabar, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintram-SJ). A decisão do desembargador Pedro Manoel Abreu, que declarou a greve ilegal, foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina em 5 de março e deu prazo de cinco dias para retomada das aulas da educação infantil e ensino fundamental.
Em nota enviada nesta segunda-feira, a prefeitura de São José diz que fez diversas reuniões para chegar a um acordo com o sindicato.
"Infelizmente, a proposta de cumprir a lei de responsabilidade fiscal não foi aceita por parte da categoria. O município espera que o sindicato obedeça a justiça e que os professores voltem à sala de aula. O prazo para que isso ocorresse venceu na semana passada, mas até agora o sindicato não cumpriu a determinação, desrespeitando a lei e prejudicando a população, mesmo com a imposição de R$ 40 mil de multa por dia. Os dias parados serão descontados do salário", diz a nota.
Com corte de ponto, não haverá reposição de aulas em São José, dizem grevistas
Reinvidicações
A greve começou no dia 27 de março. Os servidores reivindicam um aumento de 10% para 20% na gratificação paga sobre o salário base do professor que atua em sala de aula e um plano de carreira para os professores.
O aumento estava previsto em lei para pagamento parcelado, 50% em março de 2017 e outros 50% em março de 2018, mas foi revogado pela prefeitura. Os servidores pedem a revogação das leis que tratam do Plano de Carreira dos servidores.
Acampamento
Na tarde de quarta-feira (12), os integrantes do movimento grevista acamparam em frente ao gabinete da prefeita Adelina Dal Pont, das 11h às 16h30, a espera de uma nova negociação, mas, segundo o sindicato, não foram atendidos. O Sintram chegou a se reunir com representantes da administração municipal, mas não houve um acordo.
Levantamento da greve
A prefeitura divulgou nesta segunda-feira o levantamento das unidades afetadas pela greve (veja os números abaixo). O G1 tentou os números do sindicato, mas não obteve resposta.
Centro de Educação Infantil
- Normal: 15
- Parcial: 18
- Parado: 3
Centro Educacional Municipal
- Normal: 2
- Parcial: 21
- Parado: 2