Por G1


Sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

Foi publicada nesta quinta (15), em edição extra do Diário Oficial da União, a nomeação de Cláudia Mansani Queda de Toledo como nova presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Ela entra no lugar de Benedito Guimarães Aguiar Neto, exonerado na última segunda.

A Capes é responsável por avaliar os cursos de pós-graduação, divulgar as informações científicas, promover a cooperação internacional e atuar na formação de professores da educação básica.

Queda de Toledo é reitora do Centro Universitário de Bauru, faculdade particular que antes tinha o nome de Instituto Toledo de Ensino (ITE), no interior paulista, fundado por Antônio Eufrásio de Toledo nos anos 1950.

Foi no antigo ITE que o ministro Milton Ribeiro se formou em direito em 1990.

Ela também é advogada, sócia do escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi. Queda de Toledo obteve doutorado em direito constitucional em 2012 pela instituição da qual hoje é reitora.

Cláudia Mansani Queda de Toledo em visita ao ex-secretário de Educação do Estado de SP José Renato Nalini em 2016 — Foto: Secretaria de Educação do Estado de SP

O ministro Ribeiro havia dito que o próximo presidente "será um profissional de perfil técnico e acadêmico, cujo nome será divulgado oportunamente". A nomeação do antecessor Bernardo Aguiar, ainda na gestão Abraham Weintraub, provocou grandes críticas por ele ser defensor do criacionismo, teoria que se baseia na fé na criação divina, ou seja, que Deus criou a vida.

Carta à Capes

Na semana passada, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) mandaram uma carta ao antigo presidente em que pedem informações sobre a recomposição do Conselho Superior da Capes.

O texto diz que "a última reunião desse conselho ocorreu no dia 28 de novembro, quando foi anunciada a futura recomposição" e cobra uma definição.

"Diante da discussão orçamentária atual, onde há restrição de recursos, e da grave crise sanitária e econômica que assola o país com sérios impactos para a pós-graduação (...), torna-se imperiosa a recomposição e a nomeação do novo Conselho Superior, para o exercício pleno de suas estratégicas e importantes obrigações."

A carta cita que é necessário "estabelecer prioridades e linhas orientadoras das atividades da entidade" e "apreciar a proposta do Plano Nacional de Pós-Graduação, para encaminhamento ao Ministro de Estado da Educação".

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