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Cinco métodos de estudo que melhoram o aprendizado

Variando entre organização de tempo, mente e conteúdo, técnicas tentam acelerar o processo de aprender
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Aprender melhor e mais rápido é o objetivo principal das técnicas de estudo Foto: Fotolia
Aprender melhor e mais rápido é o objetivo principal das técnicas de estudo Foto: Fotolia

Estudar por conta própria não é tarefa simples. No entanto, a prática pode dar certo quando bem organizada. Por meio de mapas mentais, resumos e controle do tempo, é possível achar um método de estudo eficaz, que dê conta das várias matérias cobradas no Enem.

Aprender melhor e mais rápido é o objetivo principal das técnicas de estudo. Desenvolvidos por especialistas ou bem avaliados em rankings educacionais, alguns dos métodos já são populares entre alunos que estão se preparando para o Enem. Eles podem ser facilmente aplicáveis na rotina de estudos. Veja mais sobre cada um abaixo:

1. Técnica Pomodoro

Produtividade, foco e equilíbrio são mais do que só palavras mágicas. Essas ideias fazem toda a diferença nos estudos e servem de impulso para técnicas como a Pomodoro. Baseado na combinação de trabalho e relaxamento, o método define que períodos de esforço devem ser recompensados com momentos de distração.

Idealizada pelo italiano Francesco Cirillo, a técnica foi criada para fazer do tempo um aliado dos estudantes. Na década de 80, quando ainda era aluno de graduação, Cirillo percebeu que sua produtividade crescia ao mesclar minutos de trabalho com curtos períodos de descanso.

Não há tempo definido para a técnica, mas o convencional é o formato 25/5, que oferece cinco minutos de descanso a cada 25 minutos de concentração nos livros. Usando alarmes para delimitar cada momento, a hora de relaxar pode ser preenchida como cada estudante preferir, desde usar o celular até fazer alongamentos.

2. Método Robinson (EPL2R)

O método Robinson tem cinco passos fundamentais: explorar, perguntar, ler, rememorar e repassar. Desenvolvido pelo psicólogo americano Francis Pleasant Robinson, em 1946, o processo EPL2R é baseado nos princípios básicos do aprendizado.

O primeiro momento é de exploração do material de estudo, com leitura superficial de tópicos, sumários e títulos. Esse contato com o assunto deve resultar em dúvidas sobre a matéria, indagações que levam os alunos ao segundo procedimento, que é fazer perguntas sobre temas que chamam a atenção.

Com as perguntas formuladas, ocorre a primeira leitura aprofundada, objetivando responder cada questão surgida anteriormente. Depois de encontrar a solução para as perguntas, a leitura completa finalmente ocorre. Esse é o momento em que os candidatos leem o material sem pensar em aplicações do conteúdo, ou seja, apenas uma leitura tradicional.

Por fim, é a vez de repassar. Após aprender e organizar o conhecimento, a etapa final é uma espécie de aula para si mesmo – e que pode ser feita na companhia de amigos – explicando os conceitos mais importantes em voz alta.

3. Mapa mental
Cada estudante tem seu modo de aprender. E os mapas mentais são ideais para pessoas de mentes mais visuais, exatamente por investirem em imagens, setas e cores.

Formalizado nos anos 70 pelo escritor inglês Tony Buzan, o mapa mental organiza matérias em um diagrama, elegendo um tema central. Em seguida, é preciso conectar esse assunto principal a tópicos paralelos. Se a disciplina for a Guerra Fria, por exemplo, os vários acontecimentos relacionados ao tema vão ser ligados ao centro do diagrama, como, por exemplo, a queda do Muro de Berlim e o embargo econômico a Cuba. Isso pode ser feito com balões ou desenhos que remetam aos assuntos.

Com o mapa finalizado, fica mais fácil de revisitar o conteúdo meses depois e lembrar rapidamente da conexão entre os assuntos. Essa é uma “descomplicação” produtiva para revisar conteúdos às vésperas do Enem.

Mapas mentais são ideais para pessoas de mentes mais visuais, focando em imagens, setas e cores Foto: Fotolia
Mapas mentais são ideais para pessoas de mentes mais visuais, focando em imagens, setas e cores Foto: Fotolia

4. Teste Prático

Frequentemente sugerido pelos professores de cursinhos, o teste prático lembra o formato dos simulados, só que preparado pelos próprios alunos e com base em dúvidas individuais de cada matéria.

O segredo para o sucesso com esta técnica é fazer blocos de questões sobre temas que deixaram dúvidas durante a leitura. Para responder cada pergunta é útil buscar várias fontes de conhecimento até que uma resposta satisfatória seja encontrada.

A eficácia da técnica está em economizar tempo e agir diretamente nas áreas em que os alunos sentem mais dificuldade de aprender. Essas vantagens renderam ao método a nota máxima em ranking sobre estratégias de estudo da Associação de Ciências Psicológicas (APS), em 2013, nos Estados Unidos.

5. Autoexplicação

Nem só as respostas fazem o mundo girar. As incertezas também têm seu valor. Foi com base nisso que a autoexplicação se tornou uma técnica reconhecida por valorizar as dúvidas que surgem durante a leitura.

Também chamada de elaboração interrogativa, a técnica consiste em duvidar de tudo que se lê, refletindo sobre cada informação. A autoexplicação ocorre quando, a partir de indagações, os estudantes tentam explicar os conteúdos para si mesmos. Para levantar (e solucionar) as perguntas, é comum grifar, rasurar, escrever, usar dicionários e até falar sozinho.

Ao duvidar, responder e resumir conteúdos, os alunos já estão estabelecendo a autoexplicação, considerada uma leitura interativa, que vai além de uma simples olhada nos livros e cadernos. Com fichamentos e anotações, o processo é uma ferramenta útil para afastar a famosa “decoreba” e, de fato, absorver o conhecimento.