PUBLICIDADE

ChatGPT nas escolas: governo de SP afirma que professores não serão substituídos

Governo Tarcísio anunciou o uso de inteligência artificial (IA) na produção de aulas das redes de ensinos fundamental e médio no estado

22 abr 2024 - 12h42
Compartilhar
Exibir comentários
Ferramentas como ChatGPT impulsionaram o uso da IA nos últimos anos (Imagem: Viralyft/Unsplash)
Ferramentas como ChatGPT impulsionaram o uso da IA nos últimos anos (Imagem: Viralyft/Unsplash)
Foto: Canaltech

O governo de São Paulo anunciou, na última semana, o uso de inteligência artificial (IA) na produção de aulas das redes de ensinos fundamental e médio no estado. 

Segundo a Secretaria de Educação (Seduc-SP), os testes terão início no final de julho e serão implementados para as turmas do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.

O Governo de São Paulo planeja implementar o uso do ChatGPT para o "aprimoramento" de materiais didáticos que serão usados nos anos finais do ensino fundamental

e médio. Ao Terra, na última quarta-feira (17), a pasta confirmou que o projeto ainda será testado e validado antes de ser avaliada uma possível aplicação.

A IA já é usada em escolas particulares e outras redes estaduais no Brasil, entretanto, não há registro de implementação desta tecnologia sem a supervisão humana, como está previsto pelo governo Tarcísio. 

Em nota ao Terra, a Seduc ressaltou que professores "não serão substituídos por ChatGPT ou por qualquer outra ferramenta de Inteligência Artificial (IA)". Atualmente, a rede estadual conta com 90 professores curriculistas. 

Google Bard supera o ChatGPT? Google Bard supera o ChatGPT?

Após o anúncio, o Ministério Público de São Paulo questionou a Seduc sobre o uso da ferramenta ChatGPT na produção de aulas digitais. O órgão questiona os materiais e a tecnologia que serão empregados e se alguma empresa foi contratada. 

IA na Educação

A inteligência artificial é uma das tecnologias que têm alertado educadores, pois, no âmbito educacional, contesta modelos tradicionais de ensino e avaliação. No entanto, poderia o Brasil aproveitar a inovação?

Para alguns especialistas, sim – mas com cuidado.

Alguns educadores, como Juliana Caetano Neto, pesquisadora em inovação e pós-doutora em educação pela PUC, acreditam que banir o acesso à tecnologia é o pior a se fazer nesse tipo de situação.

"Bloquear contato de uma criança com inteligência artificial é ruim, porque bloqueia a formação de discussões importantes", diz.

"É preciso se certificar de que tecnologia está sendo usada para complementar o ensino, e não para substituir o papel do professor, que sempre será essencial na jornada do aluno", diz Martin Oyanguren, CEO do Educacional, setor de educação da Positivo Tecnologia.

Leia mais sobre inteligência artificial nas escolas aqui

Fonte: Redação Byte
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade