Por EPTV 1


Campinas registra queda no número de alunos matriculados no Ensino de Jovens e Adultos

Campinas registra queda no número de alunos matriculados no Ensino de Jovens e Adultos

O número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Campinas (SP) caiu 23% em um ano, segundo levantamento feito pela Secretaria de Educação do estado de São Paulo. As unidades de ensino da metrópole receberam 4,9 mil inscrições este ano, contra 6.358 em 2020.

O registro também aponta que o número em 2021 é o menor desde 2016 na cidade.

Especialista em Educação, Waldecy Floriano aponta que houve um desestímulo na procura pela conclusão da etapa educacional por conta da crise financeira gerada na pandemia da Covid-19, falta de acesso à internet e equipamentos eletrônicos, além da falta de interação social.

"Outra questão importante a ser citada é em relação à questão psicológica. A perda de familiares e o medo de contrair o coronavírus".

O cenário de pessoas interessadas em concluir os estudos do ensino fundamental e do ensino médio foi positivo entre 2015 e 2018 - quase dobrou -, mas começou a registrar queda a partir de 2019. Veja a evolução no gráfico abaixo:

Matrículas na EJA em Campinas
Dados de 2015 a 2021
Fonte: Secretaria de Educação do Estado de São Paulo

Quem pode cursar EJA

Ao todo, 20 escolas estaduais oferecem turmas da Educação de Jovens e Adultos em Campinas. As aulas foram remotas ao longo da pandemia e foram retomadas presencialmente neste mês de novembro.

Os cursos do ensino fundamental - anos finais são oferecidos para alunos a partir de 15 anos. Já os interessados em concluir o ensino médio precisam ter, no mínimo, 18 anos.

Os módulos têm seis meses cada, e são equivalentes aos anos e séries do ensino regular. O curso conta com quatro horas diárias, de segunda à sexta-feira.

Entre os alunos, a recuperação do tempo perdido aliada a mais chances de conseguir uma colocação no mercado de trabalho são as principais motivações para conseguir, enfim, o diploma.

"Depois que cresce, a gente vê o que perdeu. Até para procurar um emprego, tudo precisa do ensino médio", disse a cuidadora Camila Coelho.

Alunos da EJA em Campinas durante a pandemia da Covid-19 — Foto: Reprodução/EPTV

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