Por G1 Petrolina


Prevenir e alertar estudantes e professores sobre o bullying, suas causas e consequências, é o principal objetivo de uma campanha iniciada por uma faculdade particular de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Durante todo o mês de maio, a instituição está promovendo rodas de conversa em escolas públicas do município, buscando retomar as discussões sobre o tema e amenizar a incidência do bullying entre crianças e jovens.

O termo em inglês, bullying, é derivado da palavra ‘bully’, que em português pode significar ‘tirano’, ‘brutal’, ‘valentão’. A palavra começou a ser utilizada, no final dos anos 90, para dar nome às ações repetitivas de violências físicas e/ou psicológicas realizadas por parte de um ou vários agressores, contra uma ou mais vítimas. Tais ações podem ocorrer na escola, no trabalho, em casa e em outros locais, e gerar consequências graves para quem a sofre.

A psicopedagoga Eliete Maia conversou com estudantes do 8º ano sobre bullying. — Foto: Beatriz Braga/G1 Petrolina

Apesar de já compreensível na teoria, o bullying ainda parece ser difícil de lidar na prática. Nas escolas, é uma realidade diária para muitos estudantes, que muitas vezes se veem desamparados devido à falta de preparo da instituição de ensino, dos professores e até dos pais.

“A gente precisa ressaltar sempre, dando a real importância que precisa, porque muitas crianças e adolescentes vivem sofrendo em sala de aula e levam isso pra casa, pra sua vida, afetando muitas vezes, o seu comportamento, tanto a questão psicológica como física. E muitas vezes passa despercebido por professores, pais e pela própria escola”, explicou a psicopedagoga Eliete Maia, durante uma roda de conversa com alunos do 8º ano da Escola Estadual de Aplicação Professora Vande de Souza Ferreira, em Petrolina.

Os alunos receberam panfletos educativos sobre bullying. — Foto: Beatriz Braga/G1 Petrolina

A psicopedagoga abordou também pontos relativos à prática do bullying, como as características do agressor e os sintomas psicossomáticos que são desencadeados pela prática. Também falou sobre o conceito da palavra bullying e de como identificá-lo. “Todo mundo acha que é um assunto corriqueiro, que todo mundo já sabe, que sabe como acontece, mas continua trazendo consequências graves. […] É preciso discutir, é preciso criar rodas de conversa, diálogos, na escola, em casa, em comunidades, porque continua acontecendo”, destacou Eliete Maia.

Estudantes se abraçaram ao final da roda de conversa. — Foto: Beatriz Braga/G1 Petrolina

Ao final da roda de conversa, os estudantes foram convidados a abraçarem os colegas e a trocarem elogios entre si. A estudante Brenda de Souza, de 13 anos, acha que a discussão em sala de aula vai ajudar seus colegas. “Achei bem legal, porque em ambiente escolar bullying é uma coisa que tem muito. Talvez essa palestra possa ajudar muitas pessoas que são agredidas e os agressores também”, disse.

Outras rodas de conversa já foram realizadas, pela campanha, nas escolas Professora Osa Santana De Carvalho, Padre Manoel de Paiva Netto, Gercino Coelho, no Colégio Sorriso, em Petrolina, e também no Colégio Adventista e no Colégio da Polícia Militar, em Juazeiro. A próxima instituição a receber a ação será a Escola Clementino Coelho.

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