Política
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Por Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro, Valor — Brasília


A Câmara dos Deputados aprovou hoje projeto de lei que estabelece regras para a retomada de obras inacabadas da educação, permite a renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) com desconto de até 99% e cria um teto de 27,5% para a contribuição das universidades para o fundo garantidor do Fies. O texto vai ao Senado.

Inicialmente, o projeto tratava apenas da criação de regras para a retomada de obras na área da educação, como a criação de creches e escolas. A relatora, deputada Flávia Morais (PDT-GO), ampliou o escopo do projeto ao incorporar demandas das instituições de ensino superior privadas e dos alunos para fazer adequações ao Fies diante da inadimplência de 52%.

Segundo a pedetista, as mudanças vão custar cerca de R$ 60 milhões este ano, valor “será absorvido no âmbito das dotações orçamentárias consignadas” no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O teto para as mantenedoras custará R$ 168 milhões em 2023. Já a renegociação de débitos vencidos do Fies aumentará a receita em R$ 108 milhões, tendo em vista as perdas já provisionadas pelo Tesouro para contratos inadimplentes.

Descontos de até 100% dos encargos

A renegociação de dívidas do Fies será na modalidade da transação tributária, que avalia a capacidade do pagador, e permitirá quitar dívidas vencidas e não pagas até 30 de junho.

Para os débitos atrasados há mais de 90 dias, a proposta é que ocorra desconto de 100% dos encargos e de até 12% do valor principal, no caso de pagamento à vista. Se o estudante preferir quitar de forma parcelada, poderá fazê-lo em até 150 meses, com desconto de 100% dos juros e multas, mas sem redução no principal da dívida.

Já no caso dos débitos vencidos e não pagos há mais de 360 dias, os alunos e ex-alunos inscritos no CadÚnico do governo federal ou que receberam auxílio emergencial na pandemia em 2021, poderão receber desconto de até 99% na dívida, inclusive no valor principal, se a quitarem integralmente.

Quem não está nos programas sociais do governo, mas também está com mais de um ano de atraso no financiamento estudantil, poderá receber desconto de até 77%, desde que pague tudo de uma vez.

Para a renegociação ser aberta é necessário que o projeto seja aprovado também no Senado e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Teto para universidades

O principal embate no projeto foi a criação de um teto para as contribuições das universidades e faculdades privadas ao fundo garantidor após o sexto ano de adesão ao “Novo Fies”. Até o quinto ano do contrato, havia um limite de 25% das mensalidades retidas para custear a inadimplência dos alunos e ex-alunos nos pagamentos desse financiamento.

O programa foi remodelado no governo Temer (MDB), em 2018, e o sexto ano dos contratos começou neste primeiro semestre. Não há limite para o valor que as instituições privadas precisam aportar no fundo após o sexto ano e os valores dependem do nível de inadimplência dos estudantes, que chegou a 52% após a pandemia. Por isso, há universidades com retenção de até 100% das mensalidades e outras que são obrigadas a até pagar a mais.

Conforme o Valor revelou, o governo aceitava um teto de 40% a partir do sexto ano, mas as mantenedoras defendiam que era necessário manter os 25% para tornar o programa viável. Após dias de negociações, se chegou a um acordo para estabelecer 27,5%. A decisão vai significar um alívio nos gastos das instituições de ensino.

Plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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