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    Busca ativa de alunos fora da escola é fundamental nesta retomada, alerta Unicef

    À CNN Rádio, Julia Ribeiro afirmou que é necessário entender motivos para crianças e adolescentes não retornarem e trabalhar de forma intersetorial

    Alunos do ensino fundamental chegam para as aulas em São Paulo
    Alunos do ensino fundamental chegam para as aulas em São Paulo Rovena Rosa/Agência Brasil (15.set.2021)

    Amanda GarciaCamila Olivoda CNN

    em São Paulo

    A oficial de Educação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil, Julia Ribeiro, fez um alerta para a retomada das aulas presenciais em todo o país: “É fundamental fazer a busca ativa dos alunos que não retornaram para as escolas.”

    Em entrevista à CNN Rádio, no quadro CNN Educação, ela explicou que, nos mais de 2 anos de pandemia, houve impactos profundos que “ampliaram desigualdades que já existiam e excluíram meninos e meninas que já viviam numa situação de maior vulnerabilidade”.

    Julia destacou que, ao final de 2020, o país já tinha mais de 5 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à educação. “Esse quantitativo tão alto representa a regressão de 20 anos no acesso ao ensino.”

    Nesse momento que as redes estão retomando o ano letivo, com aulas presenciais, é fundamental fazer busca ativa, ir atrás de cada criança e adolescente que deixou a escola, que não conseguiu aprender ou que já estava fora dela antes da pandemia.

    Julia Ribeiro, oficial de Educação do Unicef

    Ela declarou ser essencial “procurar compreender os motivos e trabalhar de forma intersetorial” para reverter este quadro.

    O Unicef tem a “Iniciativa Busca Ativa Escolar”, que conta com a participação de mais de três mil municípios e 20 estados brasileiros.

    Julia Ribeiro afirmou que a retomada da aprendizagem passa por “avaliações diagnósticas para os diferentes níveis de aprendizagem, já que alguns dos alunos conseguiram aprender nas aulas remotas e outros não”.

    “Para além dessas questões, diferentes desafios foram vividos, como eventuais perdas de familiares e pessoas próximas, saúde mental, situação de violência, trabalho infantil. É fundamental investir em ações intersetoriais de apoio psicossocial aos estudantes”, completou.

    Segundo Julia, a pandemia escancarou que as escolas “precisam ter espaço de acolhimento e proteção”.